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Limpeza da floresta é decisiva para diminuir riscos

Limpeza da floresta é decisiva para diminuir riscos

O trabalho de limpeza das florestas “é essencial” para prevenir a difusão de muitos incêndios florestais, defendeu este sábado em Caminha, no distrito de Viana do Castelo, o primeiro-ministro, pedindo a colaboração de todos para evitar que Portugal “volte a ter um verão como o de 2017”.

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Limpeza da floresta é decisiva para diminuir riscos

Lembrando que para haver fogo é necessário que haja “matéria combustível”, António Costa considerou que o trabalho de limpeza das florestas constitui um dos mais importantes passos para evitar que o país volte a ser palco de uma tragédia igual à que aconteceu no verão de 2017, reafirmando que a defesa das matas é uma obrigação instituída por lei desde 2006.

Segundo o primeiro-ministro, o objetivo do Governo “não é aplicar multas”, nem cortar verbas, mas sim, como garantiu, “cortar o mato” para que este não continue a constituir uma ameaça à floresta, “às populações, às casas e às pessoas”, palavras que António Costa proferiu, depois de uma viagem de cerca de duas horas pelas florestas do concelho de Caminha, onde se inteirou do trabalho de prevenção que ali está a ser feito.

Na ocasião, o primeiro-ministro sugeriu que no próximo mês de março, altura que por norma se assinala o dia do ambiente, seja este ano dedicado a “uma grande ação de limpeza das florestas”, iniciativa que “deve contar”, como defendeu, com a colaboração das populações e das autoridades locais, evitando assim uma postura de espera por uma nova “guerra das chamas”, sendo que o caminho a trilhar, como sustentou, deve ser, desde já, “encetar uma batalha” para impedir que as chamas tenham “pasto para progressão”.

Fogos previnem-se no inverno

O primeiro-ministro voltou a defender que os incêndios de verão têm de ser “prevenidos no inverno”, criticando aqueles que acham que é uma tarefa impossível que em apenas dois, três meses se consiga proceder à limpeza de matos e florestas, garantindo o governante que neste espaço de tempo muito se pode ainda fazer, se “todos meterem as mãos à obra”, desde particulares a autarquias, passando pelos “bombeiros, pelas empresas e pelo Estado”.

A este propósito, António Costa, depois de responder à questão colocada por alguns proprietários que alegam não dispor de meios financeiros suficientes para poderem avançar com a limpeza dos seus espaços florestais, o primeiro-ministro lembra-lhes que o preço que terão de pagar caso não limpem as suas florestas “é certamente muito maior”, reafirmando que cada palmo de terra que for limpo, “é mais um palmo de terra que não será uma ameaça à segurança e à vida das pessoas”.

O primeiro-ministro teve ainda ocasião de recordar que, inserido no Orçamento do Estado para 2018, o Regime Excecional das Redes Secundárias de Faixas de Gestão de Combustível indica que os proprietários privados têm até 15 de março para limpar as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas e que, caso não o façam, como assinalou, serão então os municípios a assumir essa responsabilidade, tendo até ao final do mês de maio para o fazer.

Melhores comunicações

Na ocasião o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantiu que a promessa que o Governo fez em janeiro de instalar até ao próximo mês de maio 451 antenas satélites vai ser cumprida, reforçando assim, como realçou, a rede SIRESP que passará a cobrir “todo o território nacional”.

Para o ministro da Administração Interna a cobertura do país por esta estrutura de comunicações é um “fator decisivo” no combate aos incêndios, anunciando que as 451 antenas serão instaladas nas zonas consideradas de maior risco, desde logo, como adiantou, “naquelas que não tiveram incêndios significativos nos últimos anos”, tendo ainda Eduardo Cabrita adiantado que serão igualmente instaladas 18 unidades de redundância elétrica, para além dos 500 novos elementos da GNR que “daqui a uma semana” estarão, como garantiu, em formação para integrarem os Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS).