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Investimento público aumentará 900 ME comparado com 2015

Investimento público aumentará 900 ME comparado com 2015

“Posso informar que já esta tarde ficaremos a saber que, em 2019, o investimento público aumentou 20,6% na administração central, e com um enorme esforço do investimento financiado do Orçamento do Estado, ou seja, por impostos”, anunciou hoje o ministro das Finanças, Mário Centeno.

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Investimento público aumentará 900 ME comparado com 2015

Durante uma audição na especialidade sobre a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2020, no Parlamento, o governante, depois de lamentar que o investimento público suscite “muitos discursos envoltos em mitos e frases feitas”, explicou que em 2020 o “investimento aumentará 21,7%, comparado com o ano de 2015: serão quase 900 milhões de euros”.

O ministro das Finanças sublinhou que a estratégia do Governo “não existe sem crescimento económico” e que “o investimento desempenha o papel de ator principal no crescimento económico, tendo passado de 15,5% do PIB em 2015 para 18,5% em 2019, devendo chegar aos 19,1% em 2020”.

O governante reiterou que “as exportações cresceram significativamente, passando de 40,6% do PIB em 2015 para 43,3% em 2019” e frisou que a evolução económica “não se deve à conjuntura internacional”, mas sim “ao esforço das empresas portuguesas, que investiram e conseguiram ganhar quota de mercado ao longo de todos estes anos”.

“O crescimento do PIB privado é a chave desse percurso. Cresceu sempre acima do PIB total da economia, atingindo 4,2% em 2017 e 2,8% em 2018”, lembrou.

Dinamismo da economia deve-se às empresas

Mário Centeno reiterou depois que o “dinamismo” da economia se deve às empresas, “cujo volume de negócios aumentou 16% entre 2017 e 2018”.

“Temos hoje empresas mais produtivas e mais eficientes – a rendibilidade dos capitais próprios foi superior a 8%, tendo recuperado o nível de 2010 – com maiores margens (uma margem operacional de 11%), mais capitalizadas (a autonomia financeira das empresas é de 35%, o valor mais elevado desde 2010), e com menores encargos de dívida: as despesas de financiamento das empresas diminuíram 10%”, apontou.

O ministro das Finanças salientou que caso se mantivessem os valores de 2012, em termos de IRS a receita seria maior em 2.728 milhões de euros, e que atualmente o imposto “pesa menos 1,3 pontos percentuais do PIB do que nos anos do colossal aumento de impostos”.

E destacou o “colossal aumento do rendimento salarial dos portugueses, mais 1.198 milhões de euros de salários pagos por mês”, o que contribuiu para a “extraordinária progressão” de 28%, entre 2015 e 2019, nas contribuições sociais efetivas.