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Investimento na produção nacional é essencial para criar emprego

Investimento na produção nacional é essencial para criar emprego

A razão e a base do lançamento de novos investimentos tem de residir sempre "na vontade de melhorar a vida dos cidadãos", sustentou o ministro Pedro Nuno Santos, no lançamento em Viana do Castelo da obra de dragagem do canal de acesso aos Estaleiros Navais, uma iniciativa orçada em perto de 29 milhões de euros.

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Investimento na produção nacional é essencial para criar emprego

Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, o centro das preocupações do Governo socialista tem sido desde o primeiro dia trabalhar para melhorar e aumentar a qualidade de vida e o bem-estar do povo português, um objetivo que será tanto mais reforçado e consolidado quanto “formos capazes de produzir em Portugal aquilo que usamos no país”, apelando Pedro Nuno Santos a este propósito ao aumento da produção nacional “também no setor naval”.

Segundo o governante, se queremos que setores tão importantes para a economia portuguesa como o turismo se desenvolvam e aumentem o seu peso na produção da riqueza nacional, “teremos de ser capazes” de encontrar os mecanismos necessários, técnicos e financeiros, para reforçar, por exemplo, a construção naval em Portugal, para que novos navios inteiramente produzidos no país “possam ser utilizados na exploração turística”.

A este propósito, Pedro Nuno Santos lembrou que o projeto de dragagem do canal de acesso aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo tem como objetivo “melhorar as condições de acesso” ao Cais do Bugio e aos Estaleiros Navais, o que segundo o ministro vai estimular o desenvolvimento industrial, permitindo a “entrada de navios de maior dimensão no porto”, ao mesmo tempo que vai também “potenciar a criação de um forte cluster na indústria naval portuguesa e aumentar a competitividade da infraestrutura portuária”.

Depois de aludir à necessidade de uma maior cooperação entre os setores público e privado, de forma a que de futuro se possa “alavancar mais investimento” para a economia, uma cooperação que está plasmada, por exemplo, como referiu, nas obras do canal de acesso aos estaleiros, num investimento suportado em 17,4 milhões de euros pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e os restantes 11 milhões de euros pelo grupo privado West Sea, ou, ainda na aposta que o país deve fazer na “construção de navios e de comboios”, tendo já várias empresas privadas, como anunciou, manifestado interesse nesta cooperação, como foi o caso recente da Martifer o que permitirá a médio prazo “termos um comboio “made in Portugal”.

Ligação à A3

Depois de Viana do Castelo, o ministro das Infraestruturas marcou presença em Paredes de Coura, onde presidiu ao lançamento da empreitada da ligação da A3 ao Parque Empresarial de Formariz. Uma obra que representa um investimento de cerca de nove milhões de euros e que pretende aproveitar, como lembrou Pedro Nuno Santos, a rede viária existente fazendo agora uma ligação à zona empresarial “que não estava longe” mas que até aqui, por falta deste acesso, obrigava os veículos a fazer um desvio acentuado para terem acesso à A3.

Para o ministro, este obra, como outras que se vão seguir em territórios do Interior do país, representa um sinal claro de que o Governo quer mudar o percurso de “esvaziamento de parte do nosso território”, depois de se ter concentrado tudo na faixa litoral de Braga a Setúbal, garantindo o governante que agora é necessário “inverter o ciclo demográfico” a que o país foi assistindo, sendo esta ligação rodoviária entre a A3 e o parque industrial de Formariz “apenas um contributo” a juntar ao trabalho “que tem vindo a ser feito pelos trabalhadores, empresários e autarcas desta região”.

O titular da pasta das Infraestruturas e da Habitação defendeu que apenas com a criação de emprego é possível atrair e fixar população nos chamados territórios de baixa densidade, sendo que para isso é necessário investimento. Lembrou a este propósito que no Parque Empresarial de Formariz, no município de Paredes de Coura, existem 35 empresas “com um volume de negócios de cerca de 200 milhões de euros, três quartos dos quais em exportações, e emprega perto de 1400 trabalhadores”.