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Investimento estrangeiro pode atingir os mil milhões de euros

Investimento estrangeiro pode atingir os mil milhões de euros

O primeiro-ministro foi hoje ao Parlamento anunciar no debate quinzenal a criação, este ano, de trinta novas unidades de saúde familiar (USF), e referir que o investimento estrangeiro direto em Portugal pode atingir os mil milhões de euros.

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O primeiro-ministro referiu hoje no Parlamento, durante o debate quinzenal, em resposta às questões colocadas pelo deputado do PS Paulo Trigo Pereira, que o investimento estrangeiro em Portugal pode atingir os mil milhões de euros, advertindo contudo que o salário médio “tem de aumentar para que o país atraia recursos humanos de qualidade”.  

Segundo o primeiro-ministro, estes números relativos ao investimento direto estrangeiro estão “neste momento” em processamento na AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), tendo António Costa especificado que este investimento parte de empresas já sediadas em Portugal, como é o caso da Siemens, da Bosch, da Continental Mabor ou ainda da Volkswagen, constituindo este investimento, como referiu, uma “ajuda importante para suprir a falta de capital nacional”. 

Gestão da CGD 

No debate quinzenal desta quinta-feira foram ainda colocadas questões sobre a Caixa Geral de Depósitos pela líder centrista Assunção Cristas, a propósito do anunciado aumento das comissões cobradas aos clientes, em um euro, por cada levantamento que façam ao balcão, com caderneta, que segundo Assunção Cristas “vai prejudicar, desde logo e sobretudo os mais idosos e pensionistas”, tendo sobre este assunto António Costa lembrado que o Governo manterá a postura que tem assumido face ao banco público, que é, como salientou, “fazer o que nos compete fazer, que é não nos intrometermos na gestão da CGD”.

António Costa não deixou contudo de recordar à líder centrista que, em matéria de reposição de pensões, foi o Governo do PS que devolveu as pensões que antes tinham sido “inconstitucionalmente cortadas” pela direita, sustentando que o Executivo que lidera, sendo de facto o acionista da CGD, não implica, como defendeu, que o “Estado deva intervir na gestão do banco”.

Saúde é prioridade

Outros dos temas abordados neste debate quinzenal foi a temática da saúde, lembrando a este propósito António Costa que o Governo vai avançar em 2018 com 30 novas Unidades de Saúde Familiar, que se juntam às 18 unidades já inauguradas em 2017 das 23 anunciadas inicialmente pelo Governo, tendo a este propósito aludido ao despacho hoje publicado em Diário da República que ratifica as restantes cinco unidades.  

Respondendo a uma crítica da líder centrista, o primeiro-ministro questionou se a avaliação do estado da saúde em Portugal deve ser feita “pela despesa ou pelos resultados” globais do desempenho desta área, sustentando que, se for pela despesa, “ela aumentou, com mais profissionais e mais intervenções”, mas se for pela produção, como sublinhou, então “na saúde há mais produção”.

A este propósito, o primeiro-ministro lembrou que é ao Governo que lidera que deve ser imputada a responsabilidade pelo aumento dos recursos humanos dentro do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também por hoje haver mais “consultas e intervenções cirúrgicas realizadas”.