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Investimento de 4M€ no intercâmbio cultural transfronteiriço

Investimento de 4M€ no intercâmbio cultural transfronteiriço

A circulação de artistas e de projetos culturais entre o Alentejo, Algarve e a Andaluzia (Espanha) vai ser promovida no âmbito do programa Centro Magalhães. O anúncio foi feito pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

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Investimento de 4M€ no intercâmbio cultural transfronteiriço

“O tripé baseado na história, criatividade e cooperação é o que melhor representa o projeto”, referiu a ministra da Cultura, Graça Fonseca, no âmbito da apresentação do programa efetuada na passada semana, no Mosteiro de São Bento de Cástris, em Évora.

O programa vai ter um investimento de quatro milhões de euros de modo a promover o intercâmbio cultural transfronteiriço nas regiões do Alentejo, Algarve e Andaluzia (Espanha).

Segundo Graça Fonseca, o Magalhães vai ser executado a partir deste ano e até 2021 e será financiado através do INTERREG V A Espanha Portugal (POCTEP) e ficará integrado no projeto mais amplo denominado SPHERA Cástris para as Indústrias Culturais e Criativas.

“Portugal é um país com um património muito rico, mas tem uma dimensão não comparável com outros países, nomeadamente o nosso vizinho, Espanha”, referiu a ministra, salientando ainda a necessidade de criar projetos que construam redes para além do território e do mercado portugueses”, disse a responsável pela Cultura.

A governante congratulou-se com o facto de o projeto “permitir continuar a preservação do Mosteiro de São Bento de Cástris e ter uma programação sustentada, com residências artísticas e centros expositivos”, o que, de acordo com Graça Fonseca, “vai permitir ter artistas residentes a programar, como também tem uma parte de incubação, uma dimensão de apoio ao empreendedorismo e apoio a projetos na área das indústrias culturais e criativas”.

O financiamento de quatro milhões de euros destina-se às “componentes de reabilitação das infraestruturas e programação e serão aplicados nos dois polos do programa, o mosteiro e a Escola de Artes da Universidade de Évora”, esclareceu a ministra.

Por seu lado, a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, informou que já foram investidos em obras no mosteiro, nos últimos quatro anos, mais de 600 mil euros.

“Temos vários espaços que foram recuperados, fizemos agora as instalações elétricas e estamos a fazer as casas de banho, mas são intervenções à escala das nossas possibilidades e sempre intervenções relativamente pequenas para a dimensão do monumento” avançou a dirigente.

Na Escola de Artes da Universidade de Évora irá ser criado um laboratório criativo com equipamentos de fabricação digital e prototipagem rápida, aberto aos estudantes da universidade, a artistas, criativos e à população em geral e que servirá como espaço de apoio à incubação de indústrias criativas.

No âmbito deste projeto, o Mosteiro de São de Bento de Cástris, classificado como monumento nacional, poderá acolher residências, intercâmbios de arte, ciência e património, e incubação de indústrias criativas e culturais.