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Inteligência artificial vai ter estratégia nacional

Inteligência artificial vai ter estratégia nacional

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Inteligência artificial vai ter estratégia nacional

Foram apresentados os 15 projetos de investigação nas áreas da inteligência artificial e da ciência de dados na Administração Pública. A iniciativa teve lugar ontem, em Lisboa, e contou com a presença dos ministros Manuel Heitor e Maria Manuela Leitão Marques.

 

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, participaram na sessão de apresentação dos projetos de investigação dedicados à inteligência artificial e à ciência de dados na Administração Pública, que teve lugar ontem, em Lisboa.

Os projetos visam promover o conhecimento aliado à inovação e à modernização dos serviços públicos, bem assim, o desenvolvimento da investigação científica, em prol da execução das políticas públicas para benefício dos cidadãos.

“Portugal vai ter uma estratégia nacional para a utilização da inteligência artificial até ao final do ano”, anunciou Manuel Heitor.

O ministro da Ciência salientou que os projetos de investigação serão usados por instituições científicas como modelo para o tratamento de dados da administração pública e do Estado. Os projetos terão um apoio na ordem de quatro milhões no âmbito do Programa Nacional para as Competências Digitais (INCoDe), o qual tem como meta 2030.

Os projetos apresentados vão permitir o tratamento de indicadores, por exemplo ao nível da incidência de doenças ou do número de acidentes rodoviários, com vista a criar uma estratégia nacional e garantir a ética e proteção de privacidade, revelou Manuel Heitor.

O ministro sublinhou que se trata de uma matéria exigente e delicada, visto que “estes temas podem ser mal usados, como mostram os crimes de cibersegurança, as falsas notícias ou as alterações de eleições”, alertou o titular da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

 

Melhorar a vida das pessoas

Por seu lado, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, destacou que 40% dos projetos em questão são da área da saúde, a área que tem o “maior impacto na vida das pessoas”, disse.

No sentido de exemplificar algumas vantagens dos projetos, a governante referiu os projetos em que a informação estatística dos serviços do ministério da Saúde pode ser tratada com inteligência artificial para prever tendências e, assim, permitir ordenar os casos por grau de prioridade, como, por exemplo, em modelos de previsão de complicações pós-operatórias para doentes de cancro.

Maria Manuel Leitão Marques referiu-se também ao projeto de criar uma aplicação para telemóvel em que os dermatologistas possam tirar fotografias com qualidade de lesões na pele para facilitar e aumentar a fiabilidade do diagnóstico precoce do cancro da pele.