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É na inovação e no conhecimento que está o futuro da economia portuguesa

É na inovação e no conhecimento que está o futuro da economia portuguesa

“É mesmo na inovação que está o nosso futuro” defendeu o primeiro-ministro na cerimónia de atribuição dos prémios vencedores da 3ª edição do Prémio IN3+­ da Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
António Costa

“É mesmo na inovação que está o nosso futuro” defendeu o primeiro-ministro na cerimónia de atribuição dos prémios vencedores da 3ª edição do Prémio IN3+­ da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, garantindo que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai disponibilizar para a inovação “mais de mil milhões de euros” entre o reforço dos projetos dos laboratórios colaborativos e as “agendas mobilizadoras para a inovação”.

De acordo com o anúncio feito pelo primeiro-ministro, uma das áreas prioritárias de investimento do PRR será dirigida para a colaboração entre a academia e as empresas, na área da inovação, com o objetivo de se encontrarem as instituições certas capazes de “transformar o conhecimento em produtos ou serviços que cheguem ao mercado e tenham a devida valorização económica”, reafirmando António Costa que a decisão mais acertada para apoiar a recuperação da economia do país pós-pandemia passa em grande medida pela aposta na inovação.

Sublinhando que os fundos do PRR obedecem a uma gestão “muito diferente” da que foi seguida anteriormente em relação aos restantes fundos comunitários, em que a lógica prevalecente era encaminhar os fundos para “cada setor e entregues aos projetos das instituições desse setor”, sendo agora, como mencionou, o processo substancialmente diferente, António Costa enalteceu a nova modalidade que passa pela recente criação de mais 9 laboratórios colaborativos que se juntam aos 26 que já existem e que visam “institucionalizar uma aliança nas diversas áreas entre o saber dos centros de produção de conhecimento, com a capacidade de produção empresarial”, criando , como vincou, um “verdadeiro ecossistema de inovação e uma fortíssima aposta nas agências mobilizadoras”.

Ou seja, como destacou, a lógica que preside agora à gestão dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência passa “pela primeira vez” por entregar o dinheiro “às alianças estabelecidas entre todos”, sendo que o requisito prévio, como referiu, passa pela “constituição desses consórcios” entre as autarquias locais que têm “instalações, terrenos e parques industriais, as universidades e os politécnicos que dispõem de centos de investigação, onde produzem conhecimento e as empresas que transformam esse conhecimento em valor que pode chegar ao mercado”.

Segundo o primeiro-ministro, o que se pretende com as alianças entre autarquias locais, universidade e politécnicos e empresas, é encontrar uma “agenda mobilizadora” capaz de concentrar em meia dúzia de projetos os recursos financeiros necessários que sejam exemplos para outras iniciativas ‘game changers’, para que num período de cerca de cinco, seis anos, possam contribuir para alterar o perfil económico da economia portuguesa.

Mostrando-se convicto de que o acesso aos fundos do PRR “vai ser muito concorrencial”, desde logo, como referiu, pelo número crescente de patentes apresentadas pelo sistema científico nacional, que “estão maduras e à espera de encontrar o parceiro para o casamento reprodutivo”, António Costa assegurou que o país precisa que haja esse encontro entre o conhecimento consolidado e a capacidade de o transformar em valor. Lembrando que o PRR também investe na inovação, “formando recursos humanos qualificados”, destacou a este propósito o programa que existe entre os Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o ‘Impulso Jovem Steam’, que se dirige à formação nas áreas das “ciências, das tecnologias, das engenharias, das artes e das matemáticas”.

O exemplo da INCM

Um dos exemplos apontados pelo primeiro-ministro, de que é mesmo na inovação que está o futuro das empresas e da economia nacional, é-nos dado pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, uma instituição, “com vários séculos”, que sempre viveu do “monopólio da cunhagem da moeda e da edição do Diário da República” e que hoje, impulsionada pela aposta na inovação, “conseguiu libertar-se de todos esses vestígios que fazem já parte da arqueologia” e transformar-se numa outra empresa detentora de patentes e produtora de produtos inovadores, prestando serviços “também eles inovadores” e assumindo-se como uma empresa exportadora de produtos e de serviços.

Quanto ao prémio IN3+, de referir que esta foi a 3ª edição, que contou com 87 participações de mais de 30 entidades diferentes, entre universidades, centros de investigação, empresas e startups nacionais, e “pela primeira vez” representações estrangeiras, tendo-se registado um aumento de cerca de 163% das candidaturas, face à edição anterior, de projetos de desenvolvimento na área de I&D.