home

PS reitera apelo ao reconhecimento profissional dos médicos luso-venezuelanos

PS reitera apelo ao reconhecimento profissional dos médicos luso-venezuelanos

O deputado do Partido Socialista Olavo Câmara alertou ontem, no Parlamento, para a necessidade de ser agilizado o processo de reconhecimento profissional dos médicos formados no estrangeiro a residir em Portugal, particularmente os luso-venezuelanos.
PS reitera apelo ao reconhecimento profissional dos médicos luso-venezuelanos

Depois do apelo ter sido já suscitado, publicamente, pelo vice-presidente da bancada socialista José Luís Carneiro, assim como numa carta dirigida ao Bastonário dos Médicos pelos deputados Paulo Porto Fernandes e Paulo Pisco, eleitos pelos círculos da emigração, o parlamentar socialista eleito pela Madeira voltou ao tema, questionando a ministra da Saúde sobre esta matéria.

Na audição a Marta Temido, na Assembleia da República, Olavo Câmara destacou que o reforço dos recursos humanos na saúde tem sido fundamental para responder da melhor forma à pandemia e às necessidades do Sistema Nacional Saúde. “A contratação de novos médicos, de enfermeiros e de outros profissionais de saúde ao longo do último ano é demonstrativa da forma como o Governo tem respondido à pandemia, colocando todos os meios disponíveis no Serviço Nacional de Saúde”, disse o deputado, acrescentando que tal deve ser valorizado.

Olavo Câmara enalteceu o facto de o Governo ter decidido “chamar os médicos formados no estrangeiro para esta luta”, dando conta que há muitos em Portugal disponíveis para este combate. Contudo, disse que a Ordem dos Médicos “continua a obstaculizar” esta pretensão do Executivo e de todos estes profissionais, que “continuam dependentes de um processo de equivalências que é desadequado em tempos ditos normais, pelo tempo e burocracia envolvidos”, e “muito menos agora, em situação de emergência, que exige respostas urgentes”.

Enquanto eleito pela Madeira, o deputado disse acompanhar de perto “muitos casos de médicos luso-venezuelanos formados no estrangeiro e que esperam anos pelo reconhecimento do exercício da sua profissão”, os quais fazem falta ao Serviço Regional de Saúde. “Caímos no ridículo de estes profissionais serem reconhecidos para o exercício da profissão em Espanha e em Portugal não, pelo que é importante a Ordem dos Médicos e o Governo simplificarem e agilizarem todo este processo, não só para o imediato, mas também para o futuro”, sustentou.

“Não podemos aceitar que o país se veja privado do possível contributo destes profissionais, que poderiam estar na linha da frente, nos Serviços Nacional e Regional de Saúde, a ajudar a combater a pandemia”, advertiu Olavo Câmara.