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Prioridade do Partido Socialista é salvar vidas e proteger a saúde

Prioridade do Partido Socialista é salvar vidas e proteger a saúde

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista “apoia a renovação do estado de emergência e o reforço das medidas de confinamento” para “salvar vidas e para proteger a saúde”, explicou hoje, no Parlamento, o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, que vincou que “essa é a prioridade” do PS.

“Em consequência do aumento do número de contactos no decurso do Natal e do Ano Novo e das condições climatéricas, os números do contágio, a procura dos cuidados hospitalares, o recurso aos cuidados intensivos e o número de falecimentos cresceram a um ponto tal que um novo confinamento se tornou inevitável”, começou por evidenciar o dirigente socialista durante o debate sobre o pedido de autorização da renovação do estado de emergência.

Para o PS, há outras duas grandes prioridades para além da saúde dos cidadãos: “Proteger o tecido das micro, pequenas, médias e grandes empresas, e proteger o emprego e os rendimentos das famílias”.

José Luís Carneiro lembrou depois que é igualmente crucial “a salvaguarda dos direitos políticos essenciais à qualidade da nossa vida democrática”. “Aliás, o facto de vivermos uma campanha e um ato eleitoral para a Presidência da República em estado de emergência constitui, de per si, um muito exigente desafio à nossa cidadania”, tratando-se de “uma grande prova democrática para todo o povo português”, referiu.

“Somente a compreensão do que está em causa e o compromisso de todas e de todos os democratas suscitará a confiança e mobilização de todos os portugueses para estas eleições”. Por isso, “a concertação e a convergência políticas entre os partidos, entre os candidatos e movimentos de cidadãos sobre o ato eleitoral é crucial”, alertou o também vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.

O deputado socialista mencionou, perante todas as bancadas, que “as medidas anunciadas pelo ministro da Administração Interna são a prova inequívoca da vontade do Governo em contribuir para remover algumas dessas limitações”. No entanto, “só a entrega e a mobilização dos autarcas, das instituições e funcionários do setor público, privado e social permitirão vencer este desafio democrático nacional”, garantiu.

Contrariando as falsas profecias, SNS tem dado resposta positiva

José Luís Carneiro teceu depois um elogio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), “que tem sido capaz de dar uma resposta ao nível do que há de melhor na União Europeia”. “Contrariando as falsas profecias e desacreditando os falsos profetas”, o SNS “tem sido robustecido, caso contrário, teria colapsado na primeira fase desta pandemia”, frisou.

“Sabemos também que o Estado, além do SNS, pode contar com a complementaridade dos meios humanos e materiais do setor social e do setor privado”, que “tem permitido contratualizar algumas das dimensões da resposta, diminuindo a pressão sobre o sistema público e libertando recursos para tratar da pandemia”, sendo um dos melhores exemplos a “parceria com a União das Misericórdias Portuguesas”, enalteceu.

O vice-presidente da bancada do PS referiu-se ainda ao “sistema de segurança e proteção social eficaz” com que o país tem contado, “que se articulou com a economia e com a política fiscal para proteger os trabalhadores, as empresas e os rendimentos”. E exemplificou: “A Segurança Social já contabiliza em dois milhões e 400 mil portugueses e em 152 mil empresas que puderam beneficiar dos apoios criados durante a pandemia”.

“É esta rede de solidariedade e de coesão que nos faz sentir parte de uma comunidade nacional. Serão conceitos abstratos para os mais liberais, mas é nessa partilha de responsabilidades que está o futuro da humanidade”, disse.

Destacando que “temos a Europa connosco na resposta à pandemia e à recuperação económica e social”, José Luís Carneiro admitiu que “temos pela frente momentos muito difíceis”. “Contrariamente ao discurso fácil – para não dizer demagógico – de alguns, não há soluções salvíficas”, sendo, por isso, necessário “decidir com coragem, com serenidade e com bom senso”, concluiu.

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