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Portugal prepara aquisição de 16 milhões de vacinas

Portugal prepara aquisição de 16 milhões de vacinas

Portugal está preparado para ir ao mercado comprar perto de 16 milhões de doses de três vacinas contra a Covid-19, uma garantia deixada ontem pelo primeiro-ministro, adiantando que Bruxelas já confirmou estar atenta a uma eventual “campanha de desinformação” em relação à vacinação.

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Portugal prepara aquisição de 16 milhões de vacinas

O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia sobre a estratégia comum de combate à pandemia da Covid-19, que decorreu por videoconferência, tendo António Costa anunciado que por decisão da Comissão Europeia as vacinas serão distribuídas “tendo em conta a população de cada Estado-membro”, de forma simultânea e “nas mesmas condições”.

De acordo com o primeiro-ministro, o Governo já decidiu que Portugal vai ao mercado comprar de uma das vacinas contra a Covid-19, 6,9 milhões de doses, de uma segunda, 4,6 milhões e, da terceira vacina, 4,5 milhões de doses, acrescentando ainda que todos os líderes europeus concordaram, nesta cimeira de chefes de Estado e de Governo, que a Comissão Europeia desenvolva uma “estratégia de informação sobre a vacinação”, de forma a convergir para o “aumento dos níveis de confiança dos cidadãos”.

Especificamente quanto ao programa de vacinação, o primeiro-ministro lembrou que a Comissão Europeia “já assinou quatro contratos com multinacionais farmacêuticas” e que outros três “estão em fase de negociação”, lembrando que os passos positivos, que entretanto têm sido dados, resultam em grande media do “trabalho proveitoso” que tem existido entre a agência europeia do medicamento e a congénere norte-americana para que rapidamente haja uma “aprovação simultânea das vacinas que estão em desenvolvimento”, tendo a este propósito lembrado que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou já esta semana a disponibilidade da agência europeia do medicamento para, no próximo mês de dezembro, se proceder às “primeiras autorizações condicionais para as vacinas”.

O primeiro-ministro referiu ainda que a líder da Comissão Europeia comunicou que a plataforma científica comum “já está a funcionar”, lembrando que o representante português nesta organização europeia é o presidente do Conselho Nacional de Saúde Pública, Henrique de Barros.

“Regras comuns” para a circulação na quadra natalícia

Com a aproximação do Natal e com o quadro da pandemia a não mostrar significativo decrescimento, uma realidade que é transversal a todos os 27 países da União Europeia, o primeiro-ministro garantiu ter defendido nesta reunião a aprovação de um “quadro de regras comuns” aos Estados-membros em relação à circulação no período do Natal, advertindo, contudo, ser “ainda muito cedo” para se prever se a situação pandémica nessa altura “será pior ou melhor”.

O chefe do Governo fez ainda notar que nesta reunião os líderes europeus não discutiram “medidas concretas” em relação à circulação dos cidadãos na quadra natalícia, tendo apenas concordado, como assinalou António Costa, na necessidade de se encontrarem “regras comuns”, até pelo facto de muitas famílias residirem nos mais diversos pontos da Europa.

António Costa lembrou ainda que a Comissão Europeia já produziu a primeira recomendação sobre a utilização de testes rápidos, apontando para uma “harmonização das políticas de utilização dos testes”, estendendo esta recomendação ao “reconhecimento mútuo pelos diferentes países” de forma a “facilitar a liberdade de circulação entre os diferentes Estados-membros”.