home

Investimento no Serviço Nacional de Saúde prossegue apesar da crise

Investimento no Serviço Nacional de Saúde prossegue apesar da crise

O primeiro-ministro, António Costa, presidiu hoje à inauguração da nova ala que acolhe os serviços de urgência médico-cirúrgica do hospital do litoral alentejano, em Santiago do Cacém, sublinhando que este é um bom exemplo de como o esforço de investimento no Serviço Nacional de Saúde, iniciado antes da crise provocada pela pandemia, “tem de continuar apesar dela”.
Investimento no Serviço Nacional de Saúde prossegue apesar da crise

“Levámos quatro anos a recuperar a capacidade de investimento do Serviço Nacional de Saúde, e este ano tínhamos começado o ano com a maior dotação inicial do SNS desde sempre”, salientou António Costa, lembrando que as circunstâncias excecionais da pandemia motivaram um acréscimo extraordinário a esse investimento já previsto, que se traduziu, no Orçamento Suplementar, por “um reforço de verbas idêntico ao que tivemos nos quatro anos anteriores”.

De acordo com o primeiro-ministro, a proposta de Orçamento do Estado para 2021 continuará a articular as duas dimensões de investimento, estrutural e de resposta à emergência da pandemia, prevendo, como salientou António Costa, “um reforço de mais 1.200 milhões de euros, entre novos hospitais, melhorias nos serviços já existentes, equipamento – em particular nos cuidados de saúde primários, para podermos internalizar no Serviço Nacional de Saúde muita da despesa que temos contratado fora – continuar a desenvolver a rede de cuidados integrados e reforçar os recursos humanos, cujas carências conhecemos bem”.

“Temos de assegurar que não aconteça nesta crise o que aconteceu na anterior [2008-2015], em que projetos de investimento pensados foram descontinuados, suspensos ou interrompidos, e agora têm de ser acelerados porque o investimento no Serviço Nacional de Saúde é fundamental para a retoma da economia”, sublinhou.

António Costa realçou ainda o “enorme potencial” da região do litoral alentejano, onde se insere a unidade hospitalar, referindo a localização do Porto de Sines, “uma das plataformas mais importantes para a internacionalização”, a que somam os investimentos previstos nas ligações ferroviária e rodoviária, que “vão permitir servir melhor a região”.

“Um Serviço Nacional de Saúde robusto” é, entre outras, uma condição fundamental para que as pessoas se fixem na região, completou.

Investimento de 2,5 milhões de euros

O novo serviço de urgência do Hospital do Litoral Alentejano, numa intervenção que representou um investimento total de 2,5 milhões de euros, com apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, através do Programa Operacional Regional do Alentejo – Alentejo 2020, permite adequar a estrutura ao modelo da triagem de Manchester e melhorar a capacidade instalada.

Por outro lado, a intervenção responde à necessidade, há muito identificada, de aumentar o serviço de urgência, inaugurado em 2005, que tinha sido dimensionado para cobrir uma área e uma população inferiores àquelas a que atualmente dá resposta (cerca de 100 mil pessoas), ficando também apetrechado para responder a eventuais situações de catástrofe, devido à sua localização geográfica perto do polo industrial e do porto de Sines, e do eixo rodoviário Lisboa-Algarve.

Para uma segunda fase da intervenção, programada para o período pós-pandemia, está prevista a reformulação do antigo serviço de urgência, para criação de uma área dedicada ao atendimento pediátrico.

Apoiar os profissionais de saúde

À margem da cerimónia, o primeiro-ministro fez ainda questão de agradecer a todos os profissionais de saúde pelo trabalho feito na resposta à pandemia, apelando também “a todos os portugueses para que apoiem os profissionais de saúde”, nomeadamente fazendo a sua parte no cumprimento escrupuloso das regras de segurança sanitária.

“Quanto menos doentes os profissionais de saúde tiverem para tratar, melhores condições terão para trabalhar e para se dedicarem aos que estão doentes”, sublinhou.