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Ferro Rodrigues pede consenso para a recuperação do país

Ferro Rodrigues pede consenso para a recuperação do país

A comissão eventual de acompanhamento da covid-19 foi ontem empossada no Parlamento, tendo na ocasião o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, manifestado o desejo de que possa contribuir para a “luta contra a doença” e para alargar o consenso sobre a “recuperação económica e social do país”.

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Ferro Rodrigues pede consenso para a recuperação do país

Intervindo na posse da comissão parlamentar eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social, entidade que terá um prazo de funcionamento de 180 dias e que será presidida pelo deputado socialista Luís Testa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lembrou que a doença “continua a disseminar-se por todo o mundo”, não dando “sinais de abrandamento em termos de contágio”, assumindo que apesar dos passos positivos entretanto já dados pelas diversas entidades de saúde de vários países, de momento, como defendeu, o único mecanismo que resta “é a prevenção e a contenção”.

É que, como acrescentou, apesar dos progressos entretanto já alcançados e que foram muitos desde que a doença se manifestou, “impera ainda a incerteza sobre a terapia e sobre a vacina”, o que implica, como reforçou, que o único recurso ao qual se poderá e deverá recorrer é o da “prevenção e o da contenção”, voltando Ferro Rodrigues a referir que contenção não pode significar nunca voltar de novo ao confinamento, uma solução que hoje, como aludiu, teria resultados devastadores, quer a nível económico, quer social, com graves consequências “no emprego e na saúde das empresas”.

Para Eduardo Ferro Rodrigues, a contração da economia portuguesa por efeito da crise pandémica atingiu níveis de tal maneira “impensáveis ainda há pouco tempo” que os recursos europeus já anunciados para Portugal
redobram de importância para o futuro a curto e a médio prazo da economia nacional, assumindo um caráter estratégico e uma oportunidade única “que o país não pode desperdiçar”.

Neste sentido, o presidente da Assembleia da República voltou a lembrar aos deputados agora envolvidos nesta comissão de acompanhamento que esta não é “uma questão partidária”, mas “uma questão de bom senso”, palavras que foram bem recebidas pelo presidente desta nova comissão eventual, Luís Testa, deputado do PS eleito por Portalegre e vice-presidente da bancada socialista, que garantiu que o seu objetivo será o de privilegiar o debate, mas “trabalhar sempre para que existam consensos”.

Deputados tomam posse

A comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença Covid-19 e do processo de recuperação económica e social terá um prazo de funcionamento de 180 dias e será presidida pelo socialista Luís Testa.

Como membros efetivos, o Grupo Parlamentar do PS indicou ainda os vice-presidentes da bancada Hortense Martins, Porfírio Silva, Carlos Pereira, Lara Martinho e Maria Begonha, e os deputados André Pinotes Batista, Susana Amador, Tiago Barbosa Ribeiro e Nuno Fazenda.

Os deputados Hugo Pires, Alexandra Tavares de Moura, Hugo Costa, Eurídice Pereira, Ana Passos, João Castro, João Paulo Pedrosa, Joana Lima, Santinho Pacheco e Telma Guerreiro são membros suplentes.

Já em maio, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista tinha entregue no Parlamento um projeto de resolução a propor a constituição de uma comissão para o acompanhamento do processo de recuperação económica e social do país face aos efeitos da pandemia, tendo na altura sublinhado ser “fundamental a implementação de um plano de recuperação da economia (…) de largo espetro, que possa relançar setores-chave que se assumam como catalisadores de todo o tecido económico”, a par de “um plano social que possa dar resposta às necessidades das populações, muito certamente às necessidades básicas, mas, sobretudo, às necessidades de proteção dos postos de trabalho e da criação de emprego”.

No documento, que tinha como primeira subscritora a líder parlamentar, Ana Catarina Mendes, os socialistas advertiram ainda que a resposta à crise necessita da “construção de consensos para que, tal como aconteceu perante a pandemia de Covid-19, os resultados sejam os mais favoráveis”.