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Recuperação do país pede uma “maioria sólida e estável” à esquerda

Recuperação do país pede uma “maioria sólida e estável” à esquerda

O Secretário-geral do PS, António Costa, retomou este fim de semana o apelo à unidade dos partidos de esquerda na construção de uma nova e renovada “maioria sólida e estável” para “recuperar o país da crise e preparar o futuro”.

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Recuperação do país pede uma “maioria sólida e estável” à esquerda

Intervindo no encerramento do XIX Congresso da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, iniciativa que teve lugar no sábado, no pavilhão Paz e Amizade, em Loures, o Secretário-geral socialista começou por invocar, uma vez mais, a necessidade de se retomarem os acordos políticos à esquerda, tarefa que para o líder socialista se reveste de um enorme significado político, como salientou, tendo em vista a necessária tarefa de recuperar o país da crise económica e social causada pela pandemia de covid-19, “num horizonte de uma década”, lembrando, depois, que este é um debate e um encontro de ideias absolutamente necessário e pertinente, mas que não pode nem deve “estar limitado apenas ao orçamento de cada ano”.

Para António Costa, este acordo à esquerda tem de ser estendido e abranger necessariamente o Programa de Recuperação e Resiliência de Portugal, justificando esta exigência com a imprescindível participação de todos “em particular com aqueles que não querem voltar às políticas de austeridade”, na construção de uma maioria “suficientemente sólida e estável”.

São três as prioridades

Na sua intervenção, o líder socialista voltou a referiu-se às três prioridades que na sua perspetiva são “essenciais” para que o país consiga criar padrões elevados de qualidade de vida, que passam, desde logo, como assinalou, pelo “controlo da pandemia”, mas também pela “recuperação da economia e pela construção de um futuro coletivo para todos”, detalhando, a este propósito, que Portugal tem de se afirmar como um país “mais sustentável do ponto de vista climático, mais moderno, do ponto de vista digital e mais solidário e com menos desigualdades”.

Segundo António Costa, o próximo mês será “absolutamente decisivo” para se saber quais são os caminhos que o país trilhará na construção do seu futuro, lembrando a este propósito a apresentação da versão final da visão estratégica 2020/30 elaborada pelo professor Costa Silva e a posterior apresentação do Programa Nacional de Infraestruturas, a que se seguirão, no dia 10 de outubro, a entrega no Parlamento do Orçamento do Estado para 2021 e, no dia 15 de outubro, a apresentação em Bruxelas da “versão preliminar” do Programa de Recuperação e Resiliência.

O líder socialista e primeiro-ministro lembrou ainda, no encerramento do Congresso da FAUL, que tal como os demais países Portugal enfrenta uma pandemia “como nunca nenhum de nós tinha conhecido” e que nos “trouxe uma crise económica e social muito profunda”, reafirmando que este é um contexto que precisa de uma “grande mobilização do PS”, não só porque é Governo e governa a Região Autónoma dos Açores, como assinalou, mas também “porque é o maior partido autárquico ao nível municipal e das freguesias”.

Ainda segundo António Costa, esta “não é uma crise” que esteja para acabar amanhã ou que se conheça já o seu fim, sugerindo que a batalha para a enfrentar não se desenvolva na perspetiva de que é uma tarefa de “curto prazo, nem como uma corrida de 100 metros, mas como uma maratona”, voltando a defender que o trabalho de recuperação da economia e de reconstrução do futuro do país é uma empreitada “de anos e para toda a década”, que vai exigir, como defendeu, uma “grande mobilização do PS, dos seus autarcas, governante e de todos os seus militantes”.