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Nova aplicação para telemóvel permite rastrear redes de contágio com segurança e garantia de confidencialidade

Nova aplicação para telemóvel permite rastrear redes de contágio com segurança e garantia de confidencialidade

O primeiro-ministro foi ontem ao Porto aconselhar os portugueses a manterem nos seus hábitos diários a prática dos protocolos aconselhados pela Direção Geral de Saúde (DGS) na luta contra a Covid-19, designadamente, usando máscara, lavando e desinfetando frequentemente as mãos e praticando distanciamento social, acrescentando agora a novidade da nova aplicação para telemóvel que permite rastrear contactos de infeção.

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“É um dever cívico” de todos os portugueses na luta contra a Covid-19 instalarem nos seus telemóveis a aplicação ‘Stayaway Covid’, uma nova solução, como defendeu ontem na cidade Invicta o primeiro-ministro, que vem acrescentar mais informação e segurança ao quotidiano dos cidadãos, por permitir rastrear contactos de infeção, e que constituirá, “enquanto não existir uma vacina”, mais um instrumento de ajuda na prevenção e no combate à pandemia.

Dever cívico é ainda, para António Costa, que os portugueses em nenhum caso deixem de avisar, “caso sejam diagnosticados como testando positivo”, as autoridades de saúde, lembrando tratar-se de um novo recurso tecnológico que permite rastrear de forma “rápida e anónima” as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram nos últimos 14 dias no mesmo espaço “com alguém infetado com o novo coronavírus”.

A nova aplicação ‘Stayaway Covid’, recordou ainda António Costa, é uma aplicação móvel de recurso voluntário, que permite através da proximidade física entre ‘smartphones’ investigar de “forma rápida” se o utilizador esteve em contato com alguém infetado com Covid-19, um novo instrumento que o primeiro-ministro considera de extrema utilidade para ajudar a travar os contágios.

Numa altura em que vão começar as aulas presenciais, reabrem tribunais e muitas famílias regressam de férias para os seus locais de trabalho, com mais gente nos transportes públicos e maior concentração de pessoas cruzando-se nos espaços públicos, assume particular importância, na opinião do primeiro-ministro, que todos os portugueses se munam de todos os meios e soluções na prevenção da pandemia, recordando que o que está em causa “é travar” ao máximo os contágios.

Segundo António Costa, a única forma de garantir que não haja um descontrolo da pandemia, e que o país não volte a passar pelo mesmo que nos passados meses de março e abril, depende “unicamente dos cidadãos”, acrescentando que, se esta nova aplicação “não garante a cura”, permite sem dúvida, e desde logo, a “interrupção das cadeias de transmissão”.

Trata-se por isso, como alertou, de “um esforço pequeno”, mas de um passo fundamental, desde logo, como acentuou, porque permite, em caso de contágio, “saber com quem contactámos”, recomendando António Costa que com esta informação “ninguém deve entrar em pânico”, uma vez que ter estado próximo de alguém infetado “não significa obrigatoriamente que também possa estar infetado”, devendo, contudo, de imediato ligar às autoridades de saúde e “seguir as suas indicações”.

Garantia de confidencialidade

Presente nesta apresentação esteve também a ministra da Saúde, Marta Temido, que depois de reforçar o apelo do primeiro-ministro para que os portugueses descarreguem nos seus telemóveis a aplicação ‘Stayaway Covid” e de defender que obter esta ferramenta “é um exercício de responsabilidade individual”, lembrou tratar-se de um instrumento “absolutamente essencial” e de um “auxiliar precioso” do trabalho das autoridades de saúde.

Com efeito, como lembrou a ministra, esta aplicação tem por objetivo “identificar contactos de infeção e interromper cadeias de transmissão” e alertar quem esteve exposto ao risco de contacto a tomar medidas de proteção, reafirmando que a identificação de contactos “é uma intervenção central em saúde pública”, sobretudo quando se enfrenta uma doença como esta, caracterizada pelo seu “elevado contágio”, fazendo questão ainda de aconselhar as pessoas a lerem com “prudência” o alerta emitido pela aplicação “porque a exposição não significa infeção”.