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Meios de resposta no terreno estão a ser reforçados na AML

Meios de resposta no terreno estão a ser reforçados na AML

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou ontem que os meios necessários de resposta e combate ao foco de novos casos de Covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa estão a ser reforçados e implementados no terreno, num trabalho conjunto entre o Governo e os autarcas da região.
Meios de resposta no terreno estão a ser reforçados na AML

“O trabalho conjunto está a ser feito. Eu tenho acompanhado a frustração de muitos dos autarcas, mas também a vontade de trabalharem em conjunto com o Governo e de apoiarem o Governo nas medidas que temos vindo a tomar em conjunto com eles”, sublinhou António Costa, falando aos jornalistas em Elvas, no distrito de Portalegre, após as cerimónias oficiais que assinalaram a reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha.

O líder do executivo disse estar “bem consciente” dos problemas existentes em algumas zonas da Área Metropolitana de Lisboa, razão pela qual, explicou, “há cerca de semana e meia” reuniu-se juntamente com a ministra da Saúde com os presidentes de câmaras municipais de Sintra, Amadora, Lisboa, Odivelas e Loures, apontando que já nessa altura foi designado pelo Executivo “um gabinete de crise para o conjunto dos concelhos”.

“Ninguém tem dúvidas de que é necessário reforçar a atividade. Por isso, nas últimas semanas, houve um esforço muito grande no sentido de reforçar os meios humanos da saúde pública nesta região e estão constituídas equipas multidisciplinares envolvendo pessoal da saúde comunitária, da saúde pública, da Segurança Social e das forças de segurança. Procura-se não apenas para acompanhar as pessoas que estão sob vigilância, mas também assegurar uma resposta pronta”, sustentou o primeiro-ministro.

Nesta fase, de acordo com o líder do Governo, é imprescindível prosseguir “a política de testar, testar, porque é fundamental para identificar entre as pessoas assintomáticas aquelas que estão sãs e as que não estão”.

“E perante isso podermos isolar as que estão doentes antes que estejam sem o saber a pôr em risco a sua saúde e a saúde de todos os outros. Depois, identificando os casos positivos, temos de os isolar e, se possível em casa, sem pressão sob o sistema hospitalar”, explicitou, salientando que, para quem não reúna as necessárias condições de habitabilidade isolada, “foi desenvolvido, através do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares [Duarte Cordeiro], um conjunto de realojamentos alternativos, desde instalações militares ou hoteleiras”.

Ainda no que respeita ao envolvimento de recursos para o combate à pandemia, sobretudo em relação à incidência de casos na periferia da capital, o primeiro-ministro destacou também, como essencial, a presença da Segurança Social.

“Caso não se acompanhe o isolamento do apoio às famílias, muitas dessas pessoas, mesmo sabendo que têm de estar em isolamento, não podem deixar de sair para trabalhar e para ganhar a sua vida. Por isso, é fundamental que o apoio da Segurança Social seja imediatamente concedido, conjuntamente com a determinação de isolamento por parte da Saúde”, referiu.

Para António Costa, estes dois ‘braços’, da Segurança Social e da Saúde, “têm de funcionar simultaneamente: A Saúde, tratando de testar e isolar; e a Segurança Social garantindo os meios de subsistência à família”, aludindo ainda ao papel de apoio que importa ser desempenhado pelos municípios, através da sua rede social.