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Crescimento da economia deixou a direita sem discurso para o país

Crescimento da economia deixou a direita sem discurso para o país

O primeiro-ministro voltou hoje, durante o primeiro debate quinzenal deste ano, a enaltecer a evolução da economia portuguesa, que voltou a crescer acima da média europeia, segundo dados confirmados pelo INE e pelo Eurostat.

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Crescimento da economia deixou a direita sem discurso para o país

Intervindo esta tarde na Assembleia da República, durante o primeiro debate quinzenal deste ano, o primeiro-ministro voltou a referir, em resposta a uma questão lançada pela líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, que Portugal foi um dos três países da União Europeia, para além de Chipre e da Lituânia, que viu a sua economia a crescer acima da média europeia, com o investimento público e privado a crescerem assim como as exportações e com o défice e a dívida a baixarem. Uma realidade que, na opinião de António Costa, talvez justifique o pouco interesse que o tema tem merecido à direita mais interessada, como assinalou, em discutir “o arbusto” em vez de debater e analisar “a floresta”.

António Costa lembrou a Rui Rio que, ao contrário do que durante todo o ano se ouviu que a economia portuguesa estava numa alegada desaceleração, os dados e números tornados públicos recentemente quer pelo INE, quer pelo Eurostat vêm revelar ao invés que “Portugal registou no quarto trimestre uma aceleração da sua economia”.

“Há uma razão que explica o que leva o líder da oposição, em vez de olhar para a floresta, a concentrar-se num pequeno vaso de um arbusto no meio da floresta. Depois de termos ouvido um ano inteiro a falar sobre uma alegada desaceleração da economia portuguesa, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que Portugal registou, no quarto trimestre, uma aceleração da economia portuguesa, aí o tema da economia deixou de ser algo que preocupe a oposição”, afirmou António Costa.

“Sabemos, igualmente, que o crescimento continua a basear-se no investimento privado, que cresceu 34% desde 2015. E é isto mesmo o que dói à direita, que pretendeu convencer o país de que a única forma de atrair investimento direto estrangeiro era manter a política de austeridade”, acrescentou.

Linha circular evidenciou ligeireza da direita

Em relação ao destino das verbas comunitárias para o projeto da linha circular do metro de Lisboa, tema também levantado pelo líder do principal partido da oposição, o primeiro-ministro foi taxativo ao afirmar que existiam 83 milhões de euros de fundos comunitários do atual quadro do Portugal 2020 destinados à execução desta linha, sendo que agora, em resultado do chumbo determinado pelo Parlamento, é “materialmente impossível” reorientar essa verba em tempo útil para outra linha do metropolitano de Lisboa.
António Costa confrontou os partidos que votaram pelo chumbo da opção da linha circular, em particular os partidos de direita, lembrando que o projeto desta linha não começou por ser aprovado por este Governo, “mas por um Governo do PSD”, lamentando que o mesmo partido tenha agora, de “forma leviana”, apoiado a suspensão do projeto.