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50 entidades assinam ‘Pacto Português para os Plásticos’

50 entidades assinam ‘Pacto Português para os Plásticos’

Mais de 50 entidades, entre produtores, supermercados, ou universidades assinaram esta semana um pacto que pretende revolucionar o reaproveitamento dos plásticos. Entre as entidades signatárias estão 25 empresas, incluindo alguns dos principais retalhistas, marcas de alimentos, bebidas e outros produtos, indústria transformadora e recicladores, operadores de gestão de resíduos.
50 entidades assinam ‘Pacto Português para os Plásticos’

Este ‘Pacto Português para os Plásticos’, em cuja apresentação oficial esteve presente o ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, visa colocar Portugal numa comunidade já com cinco países e que tem como objetivo atingir 100% de plástico reciclável nas embalagens até 2025, ano em que também 70% das embalagens de plástico deverão ser efetivamente recicladas e as novas embalagens deverão ter, pelo menos, 30% de plástico reciclado.

João Pedro Matos Fernandes referiu que os compromissos desta iniciativa vão além da legislação atual e disse esperar que se “comece aqui uma revolução na indústria do plástico”, com menos consumo e uma utilização mais eficiente, salientando que esta “revolução” deve também partir de cada cidadão.

44% das embalagens recolhidas em 2018

“Em 2018 foram introduzidas 163 mil toneladas de embalagens de plástico no mercado. Dessas foram recolhidas para reciclagem 72 mil toneladas (44%)”, apontou o titular da pasta do Ambiente, reiterando, no entanto, haver ainda muito trabalho a fazer e reforçando a ambição de Portugal em ir para além das diretivas europeias e das metas definidas para 2025.

João Pedro Matos Fernandes referiu também que em junho deste ano vai sair nova legislação, que fará com que produtos produzidos em plástico, como talheres e pratos, cotonetes ou palhinhas, “desapareçam do mercado até final deste ano civil”.

O governante afirmou ainda que a taxa de gestão de resíduos irá ser significativamente revista, considerando como “inadmissível” que atualmente seja mais barato enviar resíduos para aterro do que reciclar.

“A taxa de gestão de resíduos é de 11 euros por tonelada e o novo valor ainda não é conhecido em termos precisos, mas deve ser à volta do dobro”, disse Matos Fernandes, acrescentando que é também fundamental reduzir a quantidade de resíduos que são enviados para aterro, quer sejam importados (entre 1% e 2%) ou produzidos em Portugal.

Na sequência do pacto agora celebrado, as entidades subscritoras deverão, até final do ano, definir uma lista de plásticos de uso único e promover ações de sensibilização e educação, com uma campanha de sensibilização para os cidadãos.