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Vitória “muito frágil” da nova liderança pode gerar crise continuada no PSD

Vitória “muito frágil” da nova liderança pode gerar crise continuada no PSD

O presidente do Partido Socialista, Carlos César, revelou hoje que não ficou surpreendido com os resultados das eleições no PSD e rotulou a vitória de Rui Rio como “muito frágil”.
Carlos César

“Fiquei foi surpreendido com o grau de euforia” depois de anunciada a vitória, já que parecia que Rui Rio “não tinha ganho com 53%, mas sim com 93%”, ironizou durante o programa semanal da TSF ‘Almoços Grátis’.

Carlos César frisou que “os resultados não trouxeram grandes novidades, exceto algo que antecipadamente Rui Rio tratou de qualificar que seria muito negativo – e que agora chamou de vitória enorme” –, que seria se ganhasse apenas por 1% ou 3%. “E afinal qualificou de vitória enorme” o facto de ter ganho por quase três pontos percentuais.

O dirigente socialista considerou que “a proximidade excessiva da votação dos dois candidatos [Rui Rio e Luís Montenegro], que é a mais curta de sempre na história do PSD, não deixa de ser evidentemente um estímulo para um mal-estar ou para uma crise continuada que o PSD terá de tratar”. “Foi uma vitória muito frágil”, afirmou.

Depois de defender que “vai existir certamente alguma tensão no PSD”, Carlos César revelou que ficou com a sensação de que “ficámos mais ou menos, no plano interno como no plano externo, com o mesmo PSD que tínhamos”.

Relativamente ao congresso do Livre, o presidente do PS mencionou que não há qualquer dúvida de que o desempenho de Joacine Moreira, deputada única do partido, “tem sido, no mínimo, um pouco sobranceiro, mas no essencial tendencialmente errático, sem um fio condutor e muito improdutivo”.

“Percebi que o saldo de um eventual debate mais profundo sobre as questões ideológicas atinentes ao posicionamento do partido, as questões de referência do seu projeto do ponto de vista governativo ou outro foram claramente prejudicadas por um caso pessoal que consumiu, do ponto de vista mediático, esse congresso”, disse.

Oiça aqui o programa na íntegra, em que Carlos César referiu que Paulo Pedroso, que anunciou esta semana que deixaria de ser militante do PS, fará falta ao partido. “Teve um papel muito liderante na construção das políticas sociais que distinguiram e ainda marcam o PS na sociedade portuguesa”, asseverou.

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