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Obras de expansão do Metro do Porto devem arrancar ainda este semestre

Obras de expansão do Metro do Porto devem arrancar ainda este semestre

O primeiro-ministro, António Costa, revelou que as obras para as novas linhas do Metro do Porto devem ficar adjudicadas em breve, em resultado do concurso público, de modo a arrancarem ainda no primeiro semestre deste ano.
Obras de expansão do Metro do Porto devem arrancar ainda este semestre

“O prazo de entrega das propostas termina dia 18 e, esperando que não tenhamos muitos incidentes de contencioso [entre os concorrentes], isso permitirá adjudicar a obra a tempo de ela se iniciar neste semestre de 2020”, afirmou o líder do Executivo, por ocasião da assinatura do contrato para aquisição de 18 novos veículos que vão servir este transporte, que ontem teve lugar no Porto.

Com um investimento estimado em 307 milhões de euros, a empreitada irá realizar a nova linha Rosa, entre os Aliados/Praça da Liberdade e a Casa da Música, no Porto, e o prolongamento da linha Amarela até Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, acrescentando seis quilómetros à rede.

António Costa destacou ainda, na ocasião, o “enorme consenso” existente sobre a ação climática, defendendo que se deve agir sobre a “energia e a mobilidade”, o que tem tido tradução, por parte do Governo, na definição de um “plano integrado de aposta no transporte público”, de que este investimento é exemplo.

A este respeito, o líder do Executivo socialista sublinhou que o Orçamento do Estado para 2020 prevê “um investimento total de 300 milhões de euros no transporte público”, abrangendo infraestruturas e aquisição de novos meios de transporte.

No mesmo sentido, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, assinalou que 2019 foi mesmo o ano de “mudança” em relação ao transporte coletivo, que de 2016 até então tinha crescido, nas duas áreas metropolitanas, uma média de 4 a 5% ao ano.

O governante lembra que este aumento resultou de uma inversão de política do Governo do PS, que assumiu, desde o início do primeiro mandato, a relevância do transporte coletivo, deixando de o olhar como “um fardo financeiro”.

“De facto, em 2019, nós atingimos e ultrapassámos os nossos objetivos. Começando a contar o PART a partir de 1 de abril, nas duas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a evolução da procura no conjunto das empresas do Estado foi superior a 10%. No Metro do Porto atingiu os 14% e no conjunto dos operadores privados na Área Metropolitana de Lisboa e Área Metropolitana do Porto o valor do aumento foi igual, mais 18%”, afirmou.

“Significou na Área Metropolitana de Lisboa 477 milhões de viagens e na Área Metropolitana do Porto 175 milhões”, especificou o governante, destacando ainda uma das medidas mais impactantes do Executivo para a estratégia da defesa do transporte público.

“Se, entre 2016 e 2019, houve este aumento da utilização do transporte coletivo, ele foi sobretudo a partir da compra de bilhetes individuais. Foi no ano de 2019 que o crescimento voltou a estar fundado nos passes mensais”, sublinhou.

O Metro do Porto opera atualmente em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto, através de uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, tendo em 2019 ultrapassado os 71 milhões de clientes.