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Migrações: Portugal vai receber até 10 migrantes do navio Open Arms

Migrações: Portugal vai receber até 10 migrantes do navio Open Arms

Portugal vai receber até 10 dos 147 migrantes a bordo do navio da organização não-governamental espanhola Open Arms, no âmbito de um acordo que envolve outros quatro países europeus, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).
Eduardo Cabrita

“Portugal manifestou disponibilidade para acolher até 10 pessoas das 147 resgatadas pelo navio humanitário Open Arms”, que há duas semanas aguarda ao largo da ilha italiana de Lampedusa autorização para atracar num porto seguro, afirma o MAI em comunicado.

“Portugal, Espanha, França, Alemanha e Luxemburgo são os países que manifestaram esta disponibilidade para receber o grupo de pessoas, num gesto de solidariedade humanitária e de desejo comum de fornecer soluções europeias para a questão da migração e das tragédias humanas que se verificam no Mediterrâneo”, lê-se no texto.

O anúncio foi feito pouco depois de o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, ter escrito no Facebook que seis países europeus, os cinco referidos no comunicado do MAI e a Roménia, o informaram da sua disposição para acolher parte dos migrantes a bordo do navio.

Na falta de uma solução europeia, este tipo de acordo tem permitido resolver mais de uma dezena de casos semelhantes, em que navios de organizações humanitárias resgatam migrantes no Mar Mediterrâneo mas são impedidos de aportar tanto em Itália como em Malta.

O comunicado do MAI refere que Portugal tem-se disponibilizado para acolher vários migrantes nestas circunstâncias, evocando os casos dos navios “Lifeline, Aquarius I, Diciotti, Aquarius II, Sea Watch III, Alan Kurdi e outras pequenas embarcações”, que, no total, levaram ao acolhimento por Portugal de “132 pessoas, durante 2018 e já este ano”.

“Não obstante esta disponibilidade solidária sempre manifestada, o Governo português continua a defender uma solução europeia integrada, estável e permanente para responder ao desafio migratório”, reitera o MAI.