Pedro Nuno Santos fala em necessidade de respeito pelas “democracias nacionais”
Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, falava no parque de exposições de Aveiro num comício com centenas de pessoas.
Mas, o antigo líder da JS deixou, sobretudo, alguns recados sobre qual a estratégia que defende para o seu partido no plano europeu, depois de referências elogiosas à ação do atual executivo socialista, liderado por António Costa e apoiado no parlamento por BE, PCP e PEV.
Pedro Nuno Santos salientou a necessidade de respeito pelas “democracias nacionais”.
Por outro lado, passou uma mensagem de afastamento em relação aos tradicionais acordos de partilha de lugares de responsabilidade entre socialistas e conservadores nas principais instituições europeias.
“Queremos que a nossa batalha não se fique pelas fronteiras nacionais e vá ao coração da Europa, porque temos de nos bater contra quem quer impor uma resposta liberal, que não diminuirá o populismo, mas, pelo contrário, aumentará a insegurança, a incerteza e o medo – fatores dos quais se alimenta o extremismo de direita. Teremos também de combater uma resposta uniforme, que não respeita a diferença entre os países, que esmaga as democracias nacionais”, declarou.
Para Pedro Nuno Santos, a União Europeia que apoia “respeita a vontade dos povos, respeita as democracias nacionais, porque só respeitando as democracias nacionais se conseguirá também combater os populismos”.
“Precisamos de uma tensão construtiva e saudável nas instituições europeias, porque democracia é isso: É conflito, é dialética, é dicotomia, é diferença, com capacidade de dialogar e de compromisso. A democracia na Europa tem de ter essa tensão permanente”, insistiu.