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MAI promete “tolerância zero” em matéria de segurança rodoviária

MAI promete “tolerância zero” em matéria de segurança rodoviária

O ministro da Administração Interna manifestou-se hoje preocupado com os dados da sinistralidade rodoviária registados em 2018 e afirmou que será estabelecida uma “intervenção de tolerância zero” e “acompanhamento político” nas áreas de maior risco.
Eduardo Cabrita

“Não nos conformamos com estes resultados. A prioridade absoluta, identificadas as zonas de risco, será uma estratégia de tolerância zero e de acompanhamento político daquilo que é a atividade operacional relativamente a estas áreas de risco”, disse Eduardo Cabrita aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) indicam que 513 pessoas morreram em acidentes rodoviários no ano passado, mais três do que em 2017, registando-se uma subida pelo segundo ano consecutivo do número de mortos.

“Tivemos três vítimas mortais a mais do que em 2017, o que não nos deixa satisfeitos, pelo contrário, mobiliza-nos para estabelecemos uma intervenção de tolerância zero como absoluta prioridade nesta área”, sustentou o ministro, adiantando que foram identificadas as áreas de maior risco e o que distingue Portugal de outros países.

Eduardo Cabrita precisou que 77% dos acidentes verificam-se dentro das localidades, 50% das vítimas mortais estão dentro das localidades e um número significativo corresponde a atropelamentos.

Neste sentido, sublinhou, a “prioridade absoluta será trabalhar município a município na identificação, mobilizando a intervenção das forças de segurança em articulação com as estruturas locais para que estes dados sejam infletidos em 2019”.

Apesar de se registarem patamares mais baixos do que há dez ou vinte anos, o ministro deu também conta de ocorrências significativas fora dos principais eixos associadas a níveis elevados de álcool.

“A nossa atuação será de coordenação política de atuação da ANSR com as forças de segurança em diálogo muito estreito com as autarquias locais assumindo como objetivo, como ambição, um patamar mais exigente de resultados, assumidas que estão quais são as áreas críticas que caracterizam a situação portuguesa”, disse ainda.