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Governo vai reduzir a dívida sem mexer nos impostos

Governo vai reduzir a dívida sem mexer nos impostos

O quadro fiscal de Portugal deverá manter-se estável nos próximos anos, afirmou o primeiro-ministro, sublinhando que o Governo socialista já cumpriu com os compromissos assumidos no âmbito do alívio da carga fiscal e que a prioridade agora é reduzir a dívida.

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Governo vai reduzir a dívida sem mexer nos impostos

No final de um almoço/conferência promovido pela Associação de Amizade Portugal Estados Unidos, em Lisboa, na sequência de uma pergunta formulada por empresários, António Costa afirmou que haverá estabilidade no quadro fiscal nos próximos anos, defendendo ser claro que o principal desafio de Portugal no presente é a redução da dívida.
“Não antevejo grandes mudanças no quadro fiscal do país nos próximos anos”, respondeu o líder do Executivo socialista, considerando que já se encontra “consolidado o essencial da redução da carga fiscal” com que o Governo estava comprometido nesta legislatura.
Mas, reduzir a dívida “implica a necessidade de se manter níveis de saldos primários relativamente elevados” e isto, por sua vez, “implica quer que não se possa aumentar a despesa tanto como desejaríamos, assim como não baixar a carga fiscal tanto quanto desejaríamos”.
Segundo o governante, é preciso “manter este equilíbrio até existir um nível de dívida sustentável que nos alivie de riscos relativamente a imponderáveis no cenário internacional, designadamente na sequência de eventuais guerras comerciais”.
Na sua intervenção, António Costa afastou também uma solução governativa a prazo de “Bloco Central” PS/PSD, advertindo que essa opção poderia contribuir para a emergência de correntes populistas.
E sustentou que o seu Executivo tem atualmente maior estabilidade política do que possuiu em dois anos e meio o Governo do “Bloco Central” formado entre 1983 e 1985.
Referiu ainda que, dentro em breve, o Governo suportado no parlamento pelo Bloco de Esquerda, PCP e PEV, com sensivelmente dois anos e meio de vida, ultrapassará em número de dias em funções o executivo do “Bloco Central”, que foi liderado por Mário Soares (PS) e por Mota Pinto (PSD).