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Governo vai admitir mais profissionais para o SNS e ensino público

Governo vai admitir mais profissionais para o SNS e ensino público

O Governo quer reforçar os serviços públicos com mais profissionais, sobretudo no Serviço Nacional de Saúde e no ensino, áreas que foram particularmente “depauperadas” ao longo dos últimos anos do anterior governo de direita, prevendo admitir, já este ano, e só para o SNS, cerca de mais três mil profissionais.

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Governo vai admitir mais profissionais para o SNS e ensino público

Ontem durante o debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo prevê admitir ainda em 2017, no Serviço Nacional de Saúde, três mil novos profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de diagnóstico, depois de no ano passado, como lembrou, terem sido incorporados no serviço público de saúde “cerca de mais quatro mil profissionais”.

Assumindo que no período da troica, tanto o SNS como o ensino público foram duas áreas particularmente sujeitas a restrições e a sucessivos cortes, ficando “muito depauperadas”, com as consequências negativas para o seu funcionamento que “hoje todos reconhecemos”, António Costa garantiu que quer inverter “tão rápido quanto possível” este cenário, anunciando que o Governo se prepara para admitir em breve 3408 profissionais no SNS, entre 1036 médicos, 1644 enfermeiros e 788 “outros profissionais”, não deixando contudo de reconhecer que este número “ainda não é suficiente” para suprir as muitas lacunas que ainda existem nos serviços, justificando contudo que na atual conjuntura o Governo está obrigado a “dar passos seguros e equilibrados”.

Regularização de professores

António Costa referiu-se também aos professores, negando que estes profissionais estejam “excluídos do processo de regularização de trabalhadores precários na Função Pública” e anunciando que já no final deste mês de maio, quando ficará concluído o procedimento de vinculação extraordinária em curso, que permitiu a vinculação de 3019 docentes, será feita uma avaliação das necessidades no sentido de se dar início a um novo processo.

O desígnio do Governo, garantiu o primeiro-ministro, ao avançar com o processo de vinculação dos professores contratados de forma precária pelo Estado, é “acabar com a instabilidade” a que têm estado sujeitos ao longo dos anos, não havendo, na opinião de António Costa, “nenhuma razão verdadeira” para que esta seja a única classe que viva, ano após ano, na “incerteza permanente da sua situação profissional”, sem saberem, por exemplo, “em que região do país vão trabalhar”.