home

Governo reforça aposta na aliança entre inovação e educação

Governo reforça aposta na aliança entre inovação e educação

Aumentar de 40 para 60 a percentagem de jovens com 20 anos a frequentar o ensino superior é uma das metas prioritárias que Portugal precisa de atingir até 2030, defendeu o primeiro-ministro, na Trofa, Porto.

Notícia publicada por:

Governo reforça aposta na aliança entre inovação e educação

Ao falar nas três metas centradas na inovação que o país precisa de alcançar nas próximas duas décadas, António Costa reforçou a ideia da “necessidade” de alargar o número de portugueses com formação superior.
E referiu também que, até 2030, outro dos objetivos assenta no aumento de 35 para 50% daqueles que entre os 30 e 34 anos têm este nível de ensino.
No âmbito da inauguração das obras de cinco milhões de euros para renovação e ampliação (de 1.500 para 3.700 metros quadrados) do Centro de Investigação & Desenvolvimento (I&D) da Bial, na Trofa, Costa advogou igualmente um maior desenvolvimento das competências digitais da comunidade.
O objetivo, apontou, é que 90% dos portugueses possam ser utilizadores da Internet nos próximos anos.
Para isso, referiu o governante, prevê-se um reforço do investimento em inovação de forma a atingirmos 3% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2030, “um terço com esforço do Estado e dois terços com esforço do setor privado”.
“Há dois anos investíamos cerca de 1,6% do PIB em investigação e desenvolvimento, portanto, temos de crescer para 3% daqui até 2030”, sustentou Costa, considerando que este esforço da inovação tem de ser “transversal e contínuo”, desde a universalização do pré-escolar até à transferência do conhecimento para o mercado através das empresas.
Isto porque, frisou, “a melhor forma de transferir conhecimento para as empresas é através do emprego científico e da empregabilidade dos que são formados nos centros de produção e conhecimento”.
Mas, para que esta estratégia seja possível, o primeiro-ministro lembrou que, integrado no Programa Nacional de Reformas, existe o Programa Interface que tem como objetivo a valorização dos produtos portugueses, através da inovação, do aumento da produtividade, da criação de valor e da incorporação de tecnologia nos processos produtivos das empresas nacionais.
“Para que esse esforço tenha sucesso é absolutamente essencial continuarmos a investir cada vez mais na educação com base na formação, na capacidade de inserção de quadros qualificados no tecido empresarial e desenvolvimento da capacidade de inovação nos politécnicos e universidades”, reafirmou.
Depois, destacou que a Bial é uma das empresas portuguesas que mais investe em investigação e desenvolvimento, descrevendo esta empresa é como o “modelo daquilo que tem de ser a estratégia de desenvolvimento do nosso país”.
Uma estratégia que “só pode assentar simultaneamente na inovação e internacionalização, sendo “impossível” haver mais internacionalização se não houver mais inovação, concluiu Costa.