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Governo prepara debate alargado para construir plano ferroviário nacional

Governo prepara debate alargado para construir plano ferroviário nacional

O ministro das Infraestruturas e da Habitação revelou que vai “envolver o país num grande debate sobre a ferrovia portuguesa” com o objetivo de elaborar um plano ferroviário nacional.

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Governo prepara debate alargado para construir plano ferroviário nacional

Pedro Nuno Santos, que intervinha no encontro ‘Os Desafios da Indústria Ferroviária Nacional’, em Lisboa, lembrou que o programa do Governo para a atual legislatura prevê um plano para a ferrovia e garantiu que o debate será lançado “em tempo”.

A ideia é pensar “coletivamente” num plano para a ferrovia “livre de constrangimentos orçamentais”, explicou.

O investimento na infraestrutura ferroviária, que classificou como “sem precedentes”, será executado até 2023 por ser financiado por fundos comunitários.

Pedro Nuno Santos, que apontou que a ferrovia já não é “uma coisa do passado”, criticou o desinvestimento na ferrovia que “a política em Portugal e alguns partidos” fizeram “ao longo de décadas”.

O ministro das Infraestruturas frisou depois que o investimento na ferrovia deve servir também para promover a indústria nacional. “Temos de conseguir fazer parte desta grande indústria que participa na construção dos comboios”, asseverou.

Executivo quer financiamento da comunidade europeia para material circulante

O governante anunciou ainda que o Executivo está a “tentar convencer” a comunidade europeia a financiar o investimento em material circulante para a ferrovia e não apenas em infraestruturas.

“Essa é uma luta em que estamos neste momento também envolvidos: tentar convencer a União Europeia, a Comissão Europeia de que, se querem promover a transição energética e a transição para comboio, nós precisamos não só de investimento em infraestrutura, mas também em material circulante”, disse.

No entanto, o objetivo de conseguir fundos comunitários para o investimento em material circulante “é difícil”, admitiu. “Mas não é impossível, até porque os principais contribuintes para o orçamento comunitário fazem comboios”, assegurou Pedro Nuno Santos.