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Governo português empenhado na criação de mecanismo europeu

Governo português empenhado na criação de mecanismo europeu

A criação de um novo mecanismo europeu de proteção civil para prevenir e responder a tragédias como as que aconteceram em Portugal em 2017 é uma necessidade vital e imediata. A mensagem foi deixada, em Bruxelas, pelo ministro da Administração Interna, durante o Fórum Europeu dedicado a esta matéria.

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Governo português empenhado na criação de mecanismo europeu

Segundo Eduardo Cabrita, os fogos que devastaram Portugal em junho e outubro do ano passado foram lamentáveis para a Europa.

“Na sequência do incêndio de Pedrógão Grande pedimos apoio, numa base bilateral, a Espanha, França e Itália. Mas, na primeira semana, o único país que ajudou foi Marrocos”, lembrou, sublinhando que essa é a razão pela qual a criação de um novo mecanismo europeu de proteção civil é uma prioridade de topo” para o país e que o Governo socialista está tão “empenhado em apoiar a proposta neste sentido da Comissão Europeia”.

Assim, Eduardo Cabrita deixou claro que, em Portugal, “a grande prioridade já não é o défice nem a dívida pública”, mas a proteção civil, “para evitar que volte a acontecer algo como no ano passado”.

E reafirmou que o Executivo liderado por António Costa “está muito empenhado em garantir que algo como o que aconteceu no ano passado nunca mais tenha lugar”, reiterando o pedido de apoio europeu para tal desígnio.

Ajuste direto de meios aéreos se necessário

À margem da sua intervenção no Fórum Europeu de Proteção Civil, que terminou ontem, 6 de março, o ministro da Administração Interna disse também que o Governo português não deixará de recorrer a todos os mecanismos, nomeadamente a contratação imediata por ajuste direto de meios aéreos, caso se verifiquem condições excecionais antes do verão.

“O nosso firme compromisso é que se em qualquer momento, mesmo em março ou abril, isto é, antes do verão, tivermos condições excecionais que o justifiquem, nós não deixaremos de recorrer a todos os mecanismos, designadamente, se for necessária, a contratação imediata por ajuste direto dos meios aéreos”, clarificou Eduardo Cabrita, pronunciando-se sobre o concurso urgente, anunciado recentemente, que terá um prazo de 15 dias, para a contratação de 40 meios aéreos de combate a incêndios florestais para 2018 e 2020, num montante total de 48 888 667 euros.

Eduardo Cabrita explicou ainda que os ajustes nas exigências do concurso de urgência se prendem com características técnicas, alertando que o que é fundamental está assegurado

“Teremos uma resposta ao longo de todo o dia e, sobretudo, teremos uma resposta permanente, e essa já está adjudicada, de uma frota de helicópteros ao longo de todo o ano”, completou, reportando-se aos dez helicópteros já adjudicados pelo Governo.