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Governo está a ultimar Plano Nacional para Ciclovias

Governo está a ultimar Plano Nacional para Ciclovias

"A nossa ambição é construir mil quilómetros de ciclovias" no país, "em 10 anos, investindo 300 milhões de euros financiados através de fundos comunitários", anunciou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

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Governo está a ultimar Plano Nacional para Ciclovias

“Estamos muito perto de concluir, queremos mesmo apresentá-lo ainda na 3.ª semana de julho”, disse João Matos Fernandes, referindo-se ao plano nacional “para bicicletas” ou “para ciclovias”, como classificou.

O anúncio foi feito ontem, dia 14, por ocasião do lançamento do projeto nacional U-Bike Portugal na Universidade de Évora, o qual disponibiliza, de forma gratuita, bicicletas convencionais e elétricas à comunidade académica.

O plano nacional, que está em fase de conclusão, pretende fomentar a utilização da bicicleta e a mobilidade suave, visto que, tal como o ministro revelou, “só 1% das deslocações” é feito com recurso a este meio de transporte, quando “a média europeia está entre os 7 e os 10%”.

Para o governante, esta realidade é “difícil de perceber”, num país como Portugal, que “até tem tradição de produção” e de “uso de bicicletas”, disse Matos Fernandes.

“É um plano dirigido a todo o país, mas não faz sentido a construção de uma ciclovia de Melgaço a Vila Real de Santo António. Não podemos olhar para ele como olhamos para uma estrada onde circulam automóveis”, esclareceu o governante.

O plano nacional que irá ser apresentado em julho, além de considerar a criação de novas ciclovias, pretende efetuar a interligação das infraestruturas já existentes, pois, como salientou o ministro, o plano prevê, “em primeiro lugar, amarrar ciclovias urbanas entre si” e, “em segundo lugar, nos espaços de maior densidade, construir ciclovias como infraestruturas dedicadas, com critérios claros e rigorosos, para que possam existir redes alternativas de circulação”, neste caso “para bicicletas”.

No que respeita ao potencial das regiões para a implementação deste meio de transporte, “o Norte do país tem uma vantagem grande”, pois, “se pensarmos em territórios como o Vale do Ave, o Vale do Sousa, o Oeste, a Bairrada” ou em “algumas partes do Algarve, temos aqui espaços onde, com ligações de 10, 12, 15 quilómetros exclusivas para as bicicletas”, o que significa “um potencial muito grande para aumentar a circulação em segurança” considerou João Matos Fernandes.

O titular pela pasta do Ambiente indicou como terceiro critério o facto de o plano considerar também “territórios como o Alentejo”, onde poderão ser criadas infraestruturas cicláveis radiais, na envolvente desses centros urbanos, para servir “quem entra e sai da cidade”.

Projeto U-Bike Portugal

Trata-se de um projeto que visa promover a mobilidade suave, em particular a bicicleta, nas comunidades académicas.

O projeto, enquadrado nos apoios do Portugal 2020, concretamente no Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), apoia a aquisição de bicicletas para as instituições de ensino superior, no âmbito de projetos integrados de âmbito nacional, envolvendo consórcios de instituições públicas do ensino superior como o IMT.

As bicicletas, convencionais e elétricas, são atribuídas à comunidade académica de acordo as normas definidas pela respetiva instituição de ensino superior e no quadro do regulamento geral do projeto U-Bike Portugal. Pretende-se, assim, fomentar hábitos regulares de utilização deste meio de transporte.

De acordo com o site oficial do U-Bike Portugal “aderiram ao Projeto quinze Instituições de Ensino Superior” de diferentes regiões do país.