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Governo e PS reiteram abertura a convergência à esquerda

Governo e PS reiteram abertura a convergência à esquerda

Foram retomadas esta manhã as negociações sobre o Orçamento do Estado para 2021 com os partidos à esquerda do PS, destacando o Secretário-geral adjunto socialista, José Luís Carneiro, a total abertura do Governo e do Partido Socialista para uma posição de convergência.

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Governo e PS reiteram abertura a convergência à esquerda

Falando ontem aos jornalistas à saída de uma reunião com o Presidente da República no Palácio de Belém, José Luís Carneiro, depois de ter anunciado o recomeço das negociações com os partidos à esquerda do PS sobre o Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano e de garantir uma vez mais a “total disponibilidade negocial do Governo”, lembrou que na fase de debate orçamental na especialidade foram já apreciadas “cerca de 1.500 propostas”, vindas tanto do BE, como do PCP ou do PEV, e mesmo algumas procedentes do PSD, que “à partida esteve contra este OE” e que apresentou algumas propostas que “representarão cerca de 750 milhões de euros de despesa”.

Neste encontro, que se realizou na sequência de outras audiências que Chefe de Estado tem vindo a manter desde a passada terça-feira com todos os partidos com assento parlamentar, o ‘número dois’ da direção do Partido Socialista esteve acompanhado pela líder do grupo parlamentar, Ana Catarina Mendes.

Quanto às negociações do OE para 2021, o também parlamentar socialista lembrou que desde o primeiro dia que o Governo e o PS têm manifestado sempre “total e absoluta abertura para o diálogo e para a convergência” com os partidos à esquerda, insistindo, contudo, na ideia já antes defendida também pelo primeiro-ministro, António Costa, de que dialogar e negociar “não significa fazer finca-pé” nesta ou naquela proposta, lembrando a propósito que esta é já a fase de conclusão do processo de discussão e de diálogo na especialidade do OE e não, como eventualmente se poderá pensar, “perante algumas propostas que o BE apresentou”, de que “estamos ainda no princípio do exercício”.

O dirigente socialista não deixou, contudo, de realçar que, por “iniciativa do Governo”, as negociações foram retomadas na manhã desta quinta-feira para que o diálogo entre o Executivo e os partidos à esquerda do PS pudesse continuar, “aproximando o que houver para aproximar” e concluir o processo de integração “daquilo que for de integrar”.

A votação final global do Orçamento do Estado para 2021 está agendada para dia 26 de novembro na Assembleia da República, depois de a proposta do Governo ter sido aprovada na generalidade no passado dia 28 de outubro no Parlamento, com os votos a favor do PS, as abstenções de PCP, PAN e PEV e votos contra do BE e dos partidos da direta.