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Governo e clusters assinam mais 10 pactos para competitividade e internacionalização

Governo e clusters assinam mais 10 pactos para competitividade e internacionalização

O Governo assinou ontem, em Aveiro, mais dez Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização. Os acordos visam apoiar os agentes económicos e garantir “previsibilidade naquilo que são as políticas públicas”, afirmou o ministro Pedro Siza Vieira.

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Governo e clusters assinam mais 10 pactos para competitividade e internacionalização

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, esteve esta quarta-feira, em Aveiro, onde presidiu à assinatura de dez Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização, no âmbito do programa Interface.

Os acordos foram assinados com o Cluster de Aeronáutica, Espaço e Defesa, a Plataforma Ferroviária Portuguesa, o Cluster de Competitividade da Petroquímica, Química Industrial e Refinação, o Cluster do Calçado e da Moda, o Cluster do Mar Português, o Cluster de Recursos Minerais Portugueses, o Cluster Habitat Sustentável, o Cluster Smart Cities Portugal, o Cluster Têxtil, Tecnologia e Moda, e o Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE.PT).

Estes clusters foram reconhecidos pela Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) em 2017, no âmbito do Programa Interface.

Na sua intervenção, Pedro Siza Vieira salientou que “os subscritores dos pactos são muito vocacionados para a exportação”, onde representam cerca de 55% das exportações nacionais, e conferem “um contributo para o emprego muito grande” ao garantirem mais de 576 mil empregos e, também, ao nível da criação de riqueza, gerando mais de 60 mil milhões de euros em volume de negócios.

Para o ministro da Economia, a iniciativa representa que o Governo está empenhado em que sejam assumidos “compromissos de médio prazo entre o Estado e estes setores, para os ajudar a concretizar os objetivos estratégicos que definiram, em termos de emprego, valor acrescentado, e exportações”, afirmou.

Siza Vieira lembrou que o Governo assinou os primeiros seis Pactos Setoriais de Competitividade e Internacionalização no passado mês de março, permitindo materializar novas iniciativas nas áreas da digitalização das indústrias (i4.0), capacitação de recursos humanos, na consolidação dos fatores de atratividade externa do país, internacionalização e promoção da investigação e desenvolvimento.

Garantir estabilidade e previsibilidade

O ministro salientou a importância da estabilidade e da previsibilidade das políticas públicas para a economia e para o investimento.

“Os agentes económicos precisam de previsibilidade naquilo que são as políticas públicas”, visto que “quando se estão a fazer estratégias de cooperação entre as empresas, instituições de ensino superior e instituições públicas para melhorar a formação profissional e a investigação e desenvolvimento (I&D), é importante que o Estado seja previsível”, avançou Pedro Siza Vieira.

O ministro defendeu que sem estabilidade e sem previsibilidade “não é possível continuar a melhorar estruturalmente a nossa economia”.

Siza Vieira considera que “a economia está hoje mais robusta e mais competitiva internacionalmente”, apontando os clusters como “um bom exemplo disso”.

Porém, o ministro advertiu que “a conjuntura internacional é algo que tem altos e baixos”, acrescentando que “o importante é assegurar que as empresas portuguesas estejam mais bem preparadas para poder aproveitar os momentos altos do ciclo económico e resistirem melhor aos momentos menos bons do ciclo económico”.