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Governo defende maior cooperação entre empresas e universidades

Governo defende maior cooperação entre empresas e universidades

A cooperação das universidades “com os empregadores e com as empresas é hoje uma estratégia de modernidade e de melhor emprego”, afirmou o ministro Manuel Heitor.

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É necessário promover a integração do tecido produtivo e empresarial nas instituições de ensino superior por forma tornar as universidades “verdadeiros polos de inovação e de emprego qualificado”, considera o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

“Trazer empresas para dentro dos ‘campus’ universitários e abrir esses ‘campus’ ao que é a cooperação com os empregadores e com as empresas é hoje uma estratégia de modernidade e de melhor emprego”, disse o ministro durante a cerimónia de apresentação do Polo Tecnológico do Algarve, instalado no Campus da Penha, na Universidade do Algarve, em Faro.

O governante considera que a presença e participação dos empreendedores nos estabelecimentos de ensino e espaços académicos “é determinante para o crescimento económico de Portugal e de convergência europeia”.

Face à transformação que está a ocorrer no ensino a nível global, “uma das questões críticas a considerar é o acesso ao conhecimento aberto, com mais participação de todos e, sobretudo, com maior relevância”, pois, segundo Manuel Heitor, “a relevância do conhecimento faz-se com o emprego e isso faz-se com as empresas e os empresários”.

O titular da pasta do Ensino Superior indicou o Polo Tecnológico do Algarve como sendo um exemplo de boas práticas de parceria entre empresas e universidades, visto que “o futuro passa, certamente, pelos ‘campus’ e instalações universitárias com espaços de integração das empresas”, referiu o governante.

“Transformar o ‘campus’ da Penha também num espaço de inovação aberto às empresas, onde estas e os empresários partilham espaços com professores e estudantes do ensino superior, é o futuro”, considerou o ministro.

Manuel Heitor salientou que a criação do Polo Tecnológico do Algarve, um projeto com mais de 15 anos, “só foi possível com a reprogramação dos fundos comunitários”.

Algarve TECH HUB

O Polo Tecnológico resulta de um investimento global é de 5,4 milhões de euros, 3,8 milhões dos quais foram obtidos através de fundos comunitários pela União Europeia.

O novo espaço da Universidade do Algarve, em Faro, dispõe de uma área para acolhimento de empresas, com cerca de seis mil metros quadrados, integrando no Parque de Ciência e Tecnologia (Algarve Tech Hub) e no Centro de Valorização e Transferência de Conhecimento (Centro de Simulação Clínica).

A flexibilidade do projeto “pode vir a permitir que mais de 300 pessoas trabalhem no Algarve TECH HUB, a esmagadora maioria das quais, senão mesmo a totalidade, com formação superior”, referiu, por seu lado, o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas.

“Mas o principal benefício para a universidade será a interação, obrigatoriamente estabelecida com as empresas, quer em projetos educativos, quer em projetos de investigação”, considerou o reitor, sublinhando que o Algarve TECH HUB “será um instrumento decisivo para aprofundar a missão das instituições de ensino superior, tendo por base a investigação e o ensino”.

O investimento efetuado na criação deste novo espaço é da maior importância, nomeadamente, ao “contribuir para a criação de riqueza, para o aumento do emprego qualificado, para a diversificação do tecido económico regional, para a inovação pedagógica e para a criação de conhecimento”, referiu.