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Governo cria 300 novas vagas de cuidados integrados de saúde mental

Governo cria 300 novas vagas de cuidados integrados de saúde mental

O Governo vai criar “num ano” mais 300 vagas em unidades de cuidados integrados continuados na área da saúde mental, garantiu hoje o primeiro-ministro, em Lisboa.

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Governo cria 300 novas vagas de cuidados integrados de saúde mental

António Costa falava esta manhã na inauguração de uma nova unidade de cuidados continuados integrados de saúde mental numa residência no Restelo, em Lisboa, numa cerimónia em que estiveram também presentes o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e Vieira da Silva, titular da pasta da Solidariedade.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu o modelo de cuidados continuados integrados, particularmente, como sustentou, em termos de “trabalho em rede e de parceria entre os ministérios da Saúde e da Solidariedade”, referindo ser esta a solução mais “eficiente e adequada” na gestão deste serviço no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Serviço Nacional de Saúde que o primeiro-ministro classificou como um dos “grandes ganhos” da sociedade portuguesa dos últimos 40 anos, sendo que o “maior desafio” que hoje se coloca, na opinião de António Costa, é torná-lo cada vez mais próximo e cada vez mais focado “naquilo que é essencial, que são as pessoas”.

Neste sentido, e dando cumprimento a este princípio, segundo o primeiro-ministro, a “grande prioridade” do Governo em relação ao SNS é aprofundar e desenvolver o nível dos cuidados primários, por um lado, e, por outro lado, melhorar a oferta e os serviços dos cuidados continuados.  

Depois de recordar que, em 2016, com “um grande esforço” por parte do Governo, foi possível criar 55 novas Unidades de Saúde Familiar e 684 novas camas de cuidados continuados, António Costa defendeu que é agora prioritário continuar a desenvolver estas duas vertentes, apostando no “desenvolvimento das diferentes valências” que são “proporcionadas às pessoas nestas duas redes”.

Reforçar a integração e qualidade dos tratamentos

Para António Costa, o foco no caso da saúde mental deve estar na “qualidade do tratamento”, que tem de ser indutora, como sustentou, da “reinserção e da progressiva autonomia” do doente, algo que o primeiro-ministro considerou ser prioritário e “mais importante” do que a eficiência na alocação de recursos.

A saúde mental em Portugal ainda apresenta índices muito elevados de institucionalização dos doentes, uma problemática que o primeiro-ministro disse ser necessário inverter, referindo, a propósito, que a saída de um hospital psiquiátrico para uma casa é “um enorme passo” para que cada um dos doentes de saúde mental esteja mais “próximo de todos nós”, passando a viver de “forma mais integrada na comunidade”.

Neste sentido, António Costa congratulou-se com a nova residência de cuidados continuados integrados de saúde mental do Restelo, defendendo que são instituições como esta que ajudam o Estado a cumprir a função essencial de assegurar “melhores cuidados de saúde” nos serviços que presta.

O objetivo do Governo, como garantiu o primeiro-ministro, é criar nos próximos 12 meses 300 novas camas de cuidados continuados integrados na área da saúde mental, iniciativa que terá a participação ativa, como realçou, dos ministérios da Saúde e da Solidariedade.