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Governo aprova ‘zonas livres tecnológicas’ até ao final do ano

Governo aprova ‘zonas livres tecnológicas’ até ao final do ano

O primeiro-ministro foi hoje ao Porto presidir à cerimónia de assinatura da obra de reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, desativado há 20 anos, num espaço onde vão nascer empresas tecnológicas, galerias de arte, museus, auditórios e espaços para acolher projetos de coesão social.

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Governo aprova ‘zonas livres tecnológicas’ até ao final do ano

Pegando neste exemplo do Porto, onde será criado também um Centro Tecnológico, o primeiro-ministro deixou a garantia de que até ao final do ano será aprovado o quadro legal para as zonas livres tecnológicas e desbloqueadas as verbas para que se avance com a “rede nacional de centros tecnológicos”, iniciativas que serão desenvolvidas em parceria entre o Governo e as autarquias.

De acordo com António Costa, que falava esta manhã na cidade Invicta, quando o Governo e as autarquias demonstram o propósito de querer avançar com a criação de zonas livres tecnológicas, como é este exemplo anunciado pela Câmara Municipal do Porto, o que ambos estão a dizer é que, para além do seu empenho no avanço da inovação, e que há também o propósito de quererem ajudar na criação de um clima seguro e adequado para que o país possa em breve voltar a respirar “confiança no futuro” e na sua recuperação.

Neste sentido, o primeiro-ministro mencionou que o quadro legal a aprovar até ao final do corrente ano, que criará as “zonas livres tecnológicas” ou “zonas de “experimentação tecnológicas”, onde se poderão desenvolver projetos como, por exemplo, a criação de “carros autónomos” ou novas experiências de aplicação como a rede 5G, que “tem de ser rapidamente desenvolvida no país”, são iniciativas que, de acordo com António Costa, há muito estão pensadas e que serão desenvolvidas “em parceria com os municípios”.

Para que estas e outras iniciativas na área tecnológica, e não só, possam avançar, como garantiu o primeiro-ministro, Portugal vai dispor nos próximos anos de “recursos financeiros” no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência que lhe permitirão investir mais e melhor na habitação, na recuperação e modernização, por exemplo, dos “metros do Porto e de Lisboa”, no desenvolvimento de projetos de “dinamização das cidades”, garantindo ainda António Costa que haverá “verba suficiente” para desenvolver a “rede nacional dos ‘hubs’ inovadores”, o que permitirá, como também salientou, “fortalecer a dinâmica de empreendedorismo e inovação”.

Outro dos olhares do primeiro-ministro foi para o “recorde do número de alunos” que este ano entraram no ensino superior, numa altura, como assinalou, de “crise pandémica”, um exemplo que serviu de pretexto para que o chefe do Governo tenha defendido a necessidade de se aproveitar “este fluxo” de qualificação para garantir que as novas gerações “não decidam emigrar”.

Recuperar a economia

De acordo com o primeiro-ministro, quando finalmente existir o tratamento e a respetiva vacina contra a Covid-19, Portugal tem de estar de novo preparado para “aproveitar a recuperação que temos de empreender”, defendendo António Costa que a promoção das zonas livres tecnológicas perfazem uma das medidas que estavam já previstas no plano de ação do Governo para a Transição Digital.

Neste renovado espaço que vai renascer no Porto agora com outras valências e outras atividades, cujo projeto foi entregue ao arquiteto japonês Kengo Kuma, um dos elementos que marcarão o novo empreendimento será a rua pedonal coberta, que vai atravessar o espaço de uma ponta a outra, ligando um jardim suspenso sobre a Via de Cintura Interna, a VCI, que dará acesso à estação do metro no Estádio do Dragão.