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Governo aprova novos apoios para as micro, pequenas e médias empresas

Governo aprova novos apoios para as micro, pequenas e médias empresas

O Governo prepara-se para aprovar, na reunião do Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, um novo pacote de ajudas às micro, pequenas e médias empresas. O anúncio foi feito esta manhã em Lisboa pelo primeiro-ministro.

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Governo aprova novos apoios para as micro, pequenas e médias empresas

Falando esta manhã, à margem de uma cerimónia de assinatura de acordos entre o Governo, a Associação para a Defesa do Consumidor (DECO) e entidades representativas do setor comercial e da distribuição, tendo em vista permitir o alargamento do período de trocas de compras de Natal até 31 de janeiro, “como forma de evitar as aglomerações nos estabelecimentos comerciais”, o primeiro-ministro tornou público que o Governo vai avançar, já depois de amanhã na reunião do Conselho de Ministros, com um novo pacote de ajudas às micro, pequenas e médias empresas para que estejam mais aptas a fazer face à crise.

De acordo com António Costa, o Governo “tem plena consciência” das dificuldades porque passam a esmagadora maioria das empresas de média e de menor dimensão em consequência da crise de saúde pública que se instalou no país desde o passado mês de março, um cenário que, de acordo com o primeiro-ministro, incumbe o Executivo de avançar desde já com um conjunto de medidas de apoio à atividade económica.

Nesta primeira etapa, será aprovado um novo pacote de medidas de caráter financeiro para minimizar os impactos negativos nas tesourarias das empresas de menor dimensão, que são no fundo aquelas que, como referiu o também líder socialista, estão a “suportar o custo mais elevado pelo esforço coletivo que o controlo da pandemia impõe”.

Tendo a seu lado o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, o primeiro-ministro foi claro quando defendeu uma vez mais que no combate inadiável para diminuir os efeitos da pandemia de Covid-19 na economia e na vida dos cidadãos, não se pode, em caso algum, como também defendeu, “estar a matar” a atividade económica, os empregos e os rendimentos, quer das famílias, quer dos empresários, apesar de se saber, acrescentou ainda António Costa, que uma frente de batalha com esta dimensão não dispensa a aplicação de regras mais duras como a obrigatoriedade do teletrabalho ou a imposição de menor circulação de pessoas nas ruas.

Depois de lembrar que o período natalício é por regra e por norma um dos momentos com maior importância e peso económico no comércio, sendo por isso necessário, numa altura em que o país enfrenta uma crise de saúde pública muito grave, que tudo corra dentro da normalidade possível, designadamente, como defendeu António Costa, evitando “aglomerações de pessoas” nas lojas e nos centros comerciais quer antes, quer após o Natal.

“Para que tudo corra bem neste período de Natal, é essencial evitar as aglomerações. A grande mensagem desta campanha é a de que haverá mais tempo para comprar e para trocar presentes”, disse.

Promover uma experiência segura para os consumidores

Também presente na cerimónia, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu que os indicadores demonstram que a experiência de compra em loja “é segura”, apelando aos consumidores para planearem com antecedência as suas compras na época de Natal.

O titular da pasta da Economia, lembrou que Portugal, em consequência da pandemia, teve a atividade comercial encerrada ao público mês e meio e que em 4 de maio passado, exatamente há seis meses, se iniciou “o processo de desconfinamento”.

“Desde então, tivemos uma nova experiência de consumo – uma experiência que procurou seguir um conjunto de regras e restrições que estão aptas e adequadas à salvaguarda da saúde da comunidade. E aquilo que estes seis meses demonstram é que a experiência de compra em Portugal é uma experiência segura, em que os consumidores, além de continuarem a contar com o atendimento profissional, também encontram um espaço seguro. Todos observámos como as regras sanitárias estão a ser respeitadas”, sustentou Pedro Siza Vieira.

O ministro apontou depois que os cidadãos começam agora a pensar nas compras de Natal e na forma como vão ser se organizar no atual contexto de crise sanitária: “Se queremos conciliar a época de compras de Natal com a segurança coletiva que é exigida, então têm de ser mantidas as precauções e importa planear o processo de compras. Temos de evitar deixar as compras para a última hora e procurar o mais cedo possível frequentar os locais de consumo”, aconselhou, elogiando o acordo entre associações de defesa dos consumidores, dos centros comerciais ou da distribuição.

“Este entendimento viabiliza a ideia de que a experiência dos consumidores é segura e espalhada no tempo”, acrescentou.