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Fundo de 200 milhões apoia investimento externo no país

Fundo de 200 milhões apoia investimento externo no país

O Governo, em parceria com a iniciativa privada, disponibiliza um fundo de 200 milhões de euros, sem paralelo na União Europeia, para apoiar emigrantes e investidores estrangeiros que queiram investir em empresas em Portugal.

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Fundo de 200 milhões apoia investimento externo no país

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, no quarto encontro de investidores da diáspora, que se realizou em Viseu, tendo o governante referido tratar-se de uma iniciativa sem “paralelo na União Europeia” e que se destina a “apoiar atividades de investimento de empresários que queiram concretizar projetos e participações de capital em empresas” localizadas em Portugal.

O fundo é repartido, em partes iguais, entre a participação pública e a privada, salientando o governante tratar-se de um fundo com “características especiais” uma vez que, como referiu, “não ter paralelo com aquilo que são as intervenções de fundos desta natureza na União Europeia”.

Para o governante, trata-se de um instrumento “privilegiado” para todos os investidores que desejem apostar em empresas em Portugal, destacando João Neves os investimentos que tenham “características de afirmação do valor económico a partir do acolhimento, da investigação e desenvolvimento”, acrescentando que este é sem dúvida um fundo com uma “enorme importância do ponto e vista financeiro”.

Crescimento turístico na ordem dos 7%

Também presente no encontro de Viseu, a secretária de Estado do Turismo apresentou os dados referentes à evolução do setor, referindo que houve um crescimento assinalável do fluxo turístico em Portugal em relação ao ano transato na ordem dos 7%, “o dobro do assinalado na União Europeia”.

Perante os investidores da diáspora, Rita Marques referiu que, ao nível das receitas turísticas, Portugal bateu “pela primeira vez” este ano recordes nunca antes alcançados, na ordem dos 200 milhões de euros, sobretudo graças aos meses de julho, agosto e setembro, com o setor a representar já hoje 13% do produto (PIB), salientando que o futuro no setor se apresenta “verdadeiramente impressionante” para Portugal, também “devido à diáspora”.

A secretária de Estado apresentou também algumas medidas de apoio ao investimento para o setor, iniciativas que fazem parte do plano estratégico ET2027, onde estão contemplados, como salientou, “programas desenhados para reforçar dinâmicas em países onde a diáspora é forte”, e para fazer “crescer o número de noites” que os turistas passam em Portugal, aumentando a atual média de 2,7 noites, referindo Rita Marques que para o efeito foram criadas “linhas específicas para que a oferta turística se possa robustecer”.

Recorde-se que estes encontros de investidores da diáspora, que se realizam anualmente desde 2016, têm como objetivo disponibilizar aos empresários portugueses no estrangeiro o acesso a informação sobre as políticas públicas de apoio ao investimento em Portugal, proporcionando-lhes, paralelamente, a possibilidade de poderem criar redes de contacto e de parcerias com empresários que exerçam no país a sua atividade.