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Famílias portuguesas são as primeiras beneficiárias de leilão histórico de energia solar

Famílias portuguesas são as primeiras beneficiárias de leilão histórico de energia solar

Foram 64 os concorrentes que se apresentaram ao leilão de energia solar promovido pelo Governo, tendo a procura, segundo o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, superado nove vezes a oferta.

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Famílias portuguesas são as primeiras beneficiárias de leilão histórico de energia solar

O leilão de energia solar promovido pelo Ministério da Transição Energética, que segundo titular da pasta, o ministro João Pedro Matos Fernandes, “tinha tudo para correr bem”, referindo-se particularmente o governante ao facto de Portugal, juntamente com a Turquia, ser dos países europeus aquele que reúne maior potencial para produzir eletricidade a partir do solar, ficou largamente comprovado, superando mesmo todas as expetativas “tanto na concorrência como essencialmente no preço”.

Matos Fernandes mostrou-se satisfeito com o sucesso da iniciativa, lembrando que o valor médio alcançado foi de 20 euros MWh, ou seja, como salientou, “menos de metade do valor máximo definido” que estava nos 45 euros por MWh, realçando ainda que com o resultado saído do leilão “foi batido um recorde mundial” pelo facto de se ter “vendido um lote por 14,70 euros MWh”.

Tendo este sido o maior leilão realizado em Portugal na ultima década, onde se obtiveram preços inéditos à escala global, são as famílias portuguesas as primeiras a beneficiar diretamente com o resultado obtido neste leilão, referindo o governante a possibilidade agora aberta de se poderem ligar à rede 1400 MW da nova capacidade solar, mas com custos significativamente mais baixos.

Segundo o ministro, a potência agora leiloada de 1400 MW, a entrar no circuito no prazo de três anos, será capaz de, numa primeira fase, cobrir uma parte do consumo elétrico nacional, sendo que o restante consumo virá de outros produtores, designadamente “eólicos, hídricos, centrais a gás natural, entre outros”.

Para o ministro da Transição Energética, este foi um leilão muito importante para o país, não só porque abre a possibilidade de a partir de agora Portugal passar a utilizar os “seus recursos endógenos” para produzir eletricidade, passando a consumir menos carvão e gás natural, produtos que o país tem de importar, mas também com reflexos muito positivos para os consumidores porque esta diferença de preço “entre o preço do mercado e o que vamos pagar por esta eletividade vai toda para o sistema elétrico nacional” o que se vai refletir, como garantiu, na “redução do preço da eletricidade que pagamos em casa”.

Dos 64 concorrentes nacionais e internacionais, segundo ainda o ministro João Pedro Matos Fernandes, 13 saíram vencedores como a espanhola Iberdrola que adjudicou o maior número de lotes e a francesa Akuo que foi a empresa que conseguiu ganhar a mais potência, 370 MW de um lote de 1400 MW que foram a leilão, tendo ainda havido empresas portuguesas no lote dos vencedores.