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Famílias pagam mais pela Educação

Famílias pagam mais pela Educação

A redução do investimento público na Educação está a obrigar as famílias a suportarem mais custos com a instrução dos seus filhos. Esta a conclusão de um estudo do Observatório das Desigualdades que analisou os impactos da política do Governo PSD/CDS no sector.

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Tal como o PS e o seu Secretário-geral, António Costa, têm vindo a denunciar, este Governo de direita prossegue, desde que tomou posse há quatro anos, uma política contra os serviços públicos, com a única finalidade de entregar tudo ao sector privado.

Há muito que se sabe e se constata que este Governo tem o propósito de alienar tudo o que é público. É assim com a Saúde, com a Segurança Social, com a venda de empresas públicas, e é assim também com o sector da Educação.

Num recente estudo elaborado pelo Observatório das Desigualdades, adverte-se para os crónicos défices educativos e de qualificações que se poderão agravar com as políticas económicas de austeridade defendidas pelo Governo, em resultado, designadamente, do aumento das desigualdades, da escassez de recursos económicos das famílias e das empresas e de desregulação do mercado de trabalho, para além da evidente desproteção por parte do Estado Social.

Este estudo constata que o sector da educação tem sido particularmente afetado pelas consequências da aplicação das políticas de austeridade, nomeadamente, ao nível da política orçamental que, reduzindo o investimento público na Educação, está a obrigar as famílias a terem que suportar custos mais onerosos com o ensino dos seus filhos.

Uma realidade que vem contrariar a evolução que se registava nas últimas décadas até à posse deste Governo, em que se verificava um crescimento claro do investimento público no sector e que hoje dá sinais preocupantes de um evidente recuo com a clara diminuição do papel do Estado.

Neste trabalho é ainda apontado que esta forte diminuição de investimento do Estado na Educação, cerca de 22% entre 2010 e 2012, representa já uma redução acumulada de transferências para o sector da Educação na ordem dos três mil milhões de euros.

Diminuição de investimento que tem consequências que vão para além dos anos em que ocorrem, podendo, segundo o estudo do Observatório das Desigualdades, “comprometer a empregabilidade e o desenvolvimento da sociedade e do país”.