home

Falta de estratégia e más decisões do Ministério da Saúde

Falta de estratégia e más decisões do Ministério da Saúde

O tempo de espera para colonoscopias de cinco a seis meses no sector público e no privado convencionado na área da Grande Lisboa revela, segundo a deputada socialista Luísa Salgueiro, “a total incapacidade e falta de estratégia do ministro da Saúde, que agora, depois de muito sofrimento dos utentes, anuncia no Parlamento uma folga orçamental de milhões de euros em jeito de anúncio de campanha eleitoral”.

Notícia publicada por:

Para a coordenadora dos deputados socialistas na Comissão de saúde da Assembleia da República, “o tempo de espera a que os utentes dos exames de colonoscopia estão sujeitos e as situações desumanas daí decorrentes que assistimos nos últimos dias em Lisboa são consequência dos cortes aplicados por Paulo Macedo e resultam da falta de estratégia e das más decisões governamentais em matéria de convenções”.

Em declarações ao AS Digital Diário, Luísa Salgueiro lamenta ter sido “preciso muito sofrimento e muitas cirurgias adiadas, atirando os cidadãos para fora do sistema, com muitos doentes oncológicos a desistirem das terapias, para o ministro vir agora anunciar que afinal há uma folga orçamental de milhões”.

Entretanto, a Europacolon – Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo afirmou que o número de especialistas e clínicas que realizam colonoscopias em Lisboa é manifestamente insuficiente para as necessidades.

“Em Lisboa existem apenas seis unidades de saúde que realizam colonoscopias pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) por um valor entre os 14 e os 28 euros, com anestesia. No sector privado os exames continuam a custar mais de 400 euros”, disse Vítor Neves, presidente da Europacolon.

“Um ano após intervenções e promessas por parte do Ministério da Saúde, continuamos com um tempo de espera de cinco a seis meses no sector público e no privado convencionado em Lisboa”, acrescentou.

No resto do país, adiantou, “os exames são realizados em apenas duas semanas, o que nos leva a concluir que o número de especialistas e clínicas para a realização das colonoscopias, em Lisboa, é manifestamente insuficiente faca às necessidades”.