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Falhanço da ação governativa na região é “piada sem graça” para os madeirenses e o país

Falhanço da ação governativa na região é “piada sem graça” para os madeirenses e o país

A verdadeira “piada sem graça” no país é a incapacidade do Executivo da Madeira de honrar os seus compromissos e cumprir promessas. Foi assim que o Grupo Parlamentar do PS/M reagiu às declarações do Governo regional de Miguel Albuquerque sobre a saída de Portugal da situação de austeridade crítica em que a administração PSD/CDS-PP o deixou.

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Em comunicado, os deputados socialistas madeirenses criticam fortemente que, num ato público, Albuquerque tenha considerado a afirmação de que o Portugal “virou a página da austeridade” como um engano, uma ficção ou uma piada.
No documento, a bancada socialista no Parlamento da Madeira aponta que o Governo Regional “tem apanhado boleia das medidas nacionais” de reposição de rendimentos para os pensionistas, funcionários públicos e do setor privado, de descongelamento gradual das carreiras e, também, por via fiscal, da eliminação da sobretaxa de IRS, IVA da restauração, entre outras.
No comunicado subscrito pelo líder parlamentar da bancada do PS-M, Victor Freitas, os socialistas evidenciam que “Portugal cresceu 2,7% em 2017 face ao PIB, enquanto a Madeira ficou nos 2%”.
“A Madeira foi a zona que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2017, teve a taxa de desemprego mais elevada do país, com 10,4%”, refere o documento no qual é também denunciado que, a nível fiscal, a região perdeu “o diferencial por força do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF)”.
Mas, acrescentam, apesar de a Madeira ter saído deste programa em 2016, ainda “está longe de voltar a ter 30% de impostos mais baixos do que no território continental”.

Atingido cúmulo de desorientação
Segundo o PS/M, o Executivo Regional do PSD “mantém a lógica” de que a região “está bem” e, “ao mesmo tempo, vai pedindo aos madeirenses um alto esforço contributivo em sede fiscal”.
Os deputados socialistas insulares apontam ainda que existem “vários exemplos daquilo que é a retórica demagógica” do Governo da Madeira em diversas matérias, frisando que, “isso sim, constitui uma piada”.
E referem como exemplo “mais flagrante” o processo do subsídio de mobilidade, em relação ao qual o presidente e o vice-presidente do Executivo madeirense “não se entendem”.
Para os socialistas da Madeira, a estratégia seguida por Albuquerque, de lançar notícias e recuar sistematicamente, “demonstra a sua incapacidade governativa”.
No documento assinado pelos deputados socialistas na Assembleia da Legislativa Regional denuncia-se também “a recorrente falta de medicamentos e materiais hospitalares, a carência de profissionais, a crescente lista de espera para cirurgias e a falta de solução para as altas problemáticas” no sector da saúde da Região Autónoma da Madeira, como contraponto às declarações de Miguel Albuquerque segundo as quais “o sistema de saúde britânico entrava em colapso” sem os profissionais madeirenses.
O constante adiamento da ligação ferry entre a Madeira e o Continente é outro ponto censurado no comunicado, no qual o PS/M entende que “o cúmulo da desorientação do Governo Regional e do PSD-Madeira é o facto de equacionarem a possibilidade de eleições antecipadas”.
Isto, para os socialistas madeirenses, aliado ao “medo do PS e de Paulo Cafôfo [presidente da Câmara do Funchal e apontado como candidato a chefe do Governo Regional]” é um sinal evidente de que o Executivo de Albuquerque não pode deixar de reconhecer o “monumental falhanço” da sua ação governativa.