home

Expressiva, clara e inequívoca

Expressiva, clara e inequívoca

O Secretário-geral do PS agradeceu a todos os portugueses que votaram nestas europeias de forma “expressiva, clara e inequívoca”, mostrando-se convicto de que este excelente resultado eleitoral traduz também “um voto de confiança no PS” e na política do Governo, tendo ainda elogiado o cabeça de lista, Pedro Marques.

Notícia publicada por:

Expressiva, clara e inequívoca

António Costa falava ontem, ao final da noite, no Hotel Altis, em Lisboa, perante mais de duas centenas de militantes e de simpatizantes socialistas, tendo começado a sua intervenção por enaltecer a vitória do PS nestas eleições para o Parlamento Europeu, facto que o levou a agradecer a todos os portugueses que de forma “expressiva e clara” deram o seu voto aos socialistas, garantindo que sentiu este resultado “como um voto de confiança” para prosseguir no Governo com as políticas que tão bons resultados têm trazido ao país e à vida das famílias.

Persuadido de que os portugueses, maioritariamente, “apoiam o projeto europeu”, António Costa salientou que, em democracia, “não há vencedores nem vencidos”, porque em democracia, como sustentou, “vencem sempre os democratas”, tendo ainda feito uma referência à elevada taxa de abstenção que, em sua opinião, coloca “a todos” uma responsabilidade acrescida para que se reflita sobre o que fazer ao longo dos próximos cinco anos, de modo a ajudar os que agora resolveram não ir votar que o façam e assim se “sintam parte integrante do projeto europeu”.

O líder socialista, depois de elogiar a Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, pela “mobilização extraordinária” dos socialistas nestas eleições europeias, alertou para o muito trabalho que ainda está por fazer para que parte significativa do eleitorado entenda que as escolhas que se fazem para a Europa são “tão importantes e decisivas como as que fazemos para as nossas freguesias, municípios e país”.

António Costa sustentou que, para além do “voto de confiança” que o PS recebeu nestas eleições, que “assumimos com humildade e profundo sentido de responsabilidade”, este resultado não deve ser entendido “como um cheque em branco”, mas como uma exigência de maior “responsabilidade e de determinação” para “prosseguirmos a mudança política iniciada há três anos e meio”.

O líder do PS teve ainda ocasião para elogiar os resultados obtidos nestas eleições europeias pelos parceiros de esquerda que suportam a atual solução governativa, classificados por António Costa como “um bom resultado”.

Esmagadora derrota da direita

Depois de recordar que só “raras vezes é que um partido que se encontra no Governo conseguiu vencer eleições europeias”, António Costa defendeu que o dia de ontem trouxe à tona de água o que há muito todas as sondagens e análises políticas já o vinham afirmando de forma inequívoca: a direita em Portugal passa por uma inexorável crise política resultante de uma preocupante falta de propostas alternativas, algo que a derrota de ontem de PSD e CDS veio confirmar.

Com efeito, e ainda segundo António Costa, os resultados das eleições europeias trouxeram à direita e à extrema-direita europeia uma “esmagadora derrota”, referindo a este propósito o líder do PS que, dos 751 deputados ontem eleitos para o Parlamento Europeu, “apenas 57” pertencem ou integram partidos da extrema-direita, cenário que para o líder socialista e primeiro-ministro vem desmistificar os receios que existiam de um eventual resultado significativo dos partidos da extrema-direita na Europa, quando o que sucedeu, como salientou, foi uma “esmagadora vitória não da extrema-direita mas dos democratas e dos progressistas no Parlamento Europeu”.

Já na parte final da sua intervenção, António Costa falou sobre as prioridades imediatas que tem para a Europa, que passam, como referiu, por assegurar a eleição do candidato socialista à liderança da Comissão Europeia, o holandês Frans Timmermans, garantindo que “estamos todos a trabalhar, democratas e progressistas europeus, para construir uma grande aliança que permita a sua eleição”.

Houve ainda tempo para o líder do PS se referir a uma eventual escolha de Pedro Marques como futuro comissário europeu, lembrando António Costa
que a equação depende do pelouro que vier a ser atribuído a Portugal, mas fazendo questão de realçar as qualidades do cabeça de lista socialista.

“Se a pergunta é saber se o Pedro Marques tem condições para ser comissário europeu, creio que é evidente para todos que Pedro Marques tem qualidades para ser o que desejar ser, em Portugal ou na Europa”, respondeu.