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Estratégia de desenvolvimento passa pela descarbonização

Estratégia de desenvolvimento passa pela descarbonização

“Os desafios de encontrar um caminho para a neutralidade carbónica, para o crescimento económico e para a redução das desigualdades são perfeitamente compatíveis”, considera o ministro do Ambiente, acrescentando que “podem fazer parte de uma única estratégia de desenvolvimento».

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Estratégia de desenvolvimento passa pela descarbonização

“A descarbonização, a valorização do território e a economia circular andam de mãos dadas», disse o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou na passada sexta-feira, na Climate Change Leadership Porto Summit 2018.

Perante a plateia, onde estava também o antigo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, Matos Fernandes considerou que as alterações climáticas “exigem verdadeiras respostas globais”, nomeadamente ao nível político, como evidenciou o Acordo de Paris ao demonstrar que «há uma resposta a caminho com a presença de todos”.

O ministro considerou que é necessário ir além do Acordo de Paris e reafirmou o compromisso de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, havendo já há um plano nacional para atingir esse objetivo.

Trata-se de um desígnio coletivo no qual “estamos a envolver todas as partes que podem contribuir, como a sociedade civil, as universidades, as empresas, as organizações não-governamentais. Porque este é um desafio que tem uma responsabilidade coletiva, por isso, exige uma resposta coletiva», disse o governante.

Portugal na linha da frente das energias renováveis

O ministro do Ambiente salientou a aposta na eficiência energética, na mobilidade sustentável e nas energias renováveis, adiantando que, nos primeiros cinco meses do ano, as energias renováveis representaram mais de 60% de todo o consumo elétrico do País e que toda a energia consumida em março foi garantida pela produção das fontes renováveis, havendo ainda excesso para exportação.

O carvão deve dar lugar às “energias renováveis endógenas, como a energia solar. Por este motivo, Portugal anunciou no ano passado a sua intensão de eliminar progressivamente as centrais elétricas a carvão até 2030”, afirmou Matos Fernandes.

Nesse sentido, está a ser implementada pelo Governo uma “segunda geração de política ambiental”, com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Esta política concorre também para o aumento da competitividade e assumirá “um papel nuclear na criação de emprego, na riqueza e no bem-estar e não apenas numa política reativa de combate à poluição”, declarou João Pedro Matos Fernandes.

O governante reiterou a determinação do Executivo num modelo de economia circular, «mais inteligente na utilização e valorização dos recursos que já estão a ser utilizados”.