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Estímulos à economia revelam acerto das opções do Governo

Estímulos à economia revelam acerto das opções do Governo

Mostrando-se confiante no futuro da economia portuguesa, o primeiro-ministro foi hoje ao Parlamento, no oitavo debate quinzenal desde que assumiu a liderança do Executivo, defender que os mais recentes indicadores económicos demonstram o “acerto das opções” do Governo.

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Estímulos à economia revelam acerto das opções do Governo

Referindo-se aos números do desemprego, o primeiro-ministro atribuiu o aumento registado à redução “muito significativa” de pessoas que “estavam inativas e que agora estão à procura de emprego”, insistindo que o que os números do Instituto Nacional de Estatista dizem, ao contrário do que afirma a direita, é que a população empregada “é hoje maior” do que há um ano e que, em relação ao trimestre passado, se verifica também que a população desempregada é também menor do que há um ano.

Para além destes dados, António Costa congratulou-se ainda com a diminuição da taxa de desemprego jovem, relativamente ao anterior trimestre, assim como a baixa da taxa de desemprego de longa duração que também aqui, como garantiu, “é hoje menor do que no trimestre anterior”.

Não sendo ainda caso para se “deitarem foguetes”, não deixa contudo de ser importante, disse o primeiro-ministro, assinalar estas melhorias, porque é preciso também “responder a quem deita foguetes quando os números não são bons”.

Subscrevendo as palavras do deputado socialista Eurico Brilhante Dias, que recordou, numa intervenção durante o debate quinzenal, que o segundo semestre de 2015, em plena governação da direita, se traduziu por uma “desaceleração da economia portuguesa”, António Costa referiu, a este propósito, que o desemprego hoje teria números mais elevados caso o Governo não tivesse estimulado a economia através da procura interna.

Direita fez o país andar 30 anos para trás

Sobre o investimento, outros dos assuntos sobre os quais a oposição questionou o primeiro-ministro, e depois de acusar o PSD de estar “contaminado pelo radicalismo neoliberal”, António Costa defendeu que não há uma “incompatibilidade de apostas no mercado externo e no mercado interno”, recordando, logo de seguida, o que foram os quatro anos e meio de governação da maioria PSD/CDS, onde o investimento, como salientou, “regrediu para níveis da década de 80” do século passado, afirmando que “retirar o investimento da trajetória de queda para uma que proporcione o seu relançamento exige tempo”.

A este propósito o primeiro-ministro lembrou que a economia portuguesa já vem a “perder fôlego” desde o segundo semestre de 2015, quando Passos Coelho era primeiro-ministro, e que mais recentemente o arrefecimento da economia portuguesa se deve também aos problemas que enfrenta com o agravar das quedas nos mercados angolanos, brasileiro e chinês.

Reconhecendo que a contração das exportações contribuiu negativamente para a evolução da economia, tal como assinala o INE, o primeiro-ministro foi claro ao afirmar que, por outro lado, também é verdade que a aceleração da procura interna “contribuiu positivamente para a subida do PIB” no primeiro trimestre de 2016.

António Costa afirmou ainda que a execução orçamental o deixa “suficientemente confortável” para continuar a não prever a necessidade de “adoção de nenhuma medida que se possa classificar como plano b”, garantindo que se vai limitar a executar o Orçamento do Estado.