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Estimativas confirmam recuperação de 3 mil médicos para o SNS

Estimativas confirmam recuperação de 3 mil médicos para o SNS

O Governo socialista compromete-se a criar condições para uma maior autonomia na gestão dos hospitais num momento em que as estimativas indicam cinco mil médicos em falta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), quando há três anos faltavam 8 mil. O ministro das Finanças reagiu com satisfação a estes dados.

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Ninguém entenderia que não se respeitasse a coerência dos três anteriores OE

Numa audição parlamentar conjunta nas comissões de Saúde e Finanças, solicitada pela direita no Parlamento, Mário Centeno insistiu diversas vezes na ideia de que o SNS tem hoje mais 8 480 trabalhadores do que em 2015.
“Podemos admitir que as necessidades não estão satisfeitas”, afirmou, sublinhando, a propósito da falta de recursos humanos, que entre faltarem 8 mil médicos ou 5 mil, há uma recuperação de 3 mil”.
Recorde-se que a Ordem dos Médicos tem estimado em diversas ocasiões que faltem no SNS entre quatro a cinco mil médicos especialistas.
Centeno garantiu que o Executivo liderado por António Costa tem canalizado “objetivamente mais recursos para o SNS”, aludindo a um “aumento de 13% da despesa efetiva”.
Igualmente, em termos de produção, de número de consultas ou cirurgias, o titular da pasta das Finanças enfatizou que Portugal está atualmente “incomparavelmente melhor”.
Mas o governante assume que “o financiamento da saúde é um desafio” que “requer uma resposta diária”, comprometendo-se a “introduzir um conjunto adicional significativo de níveis de autonomia na gestão hospitalar”.
Lembrando que os “serviços públicos com dívidas em atraso têm dificuldade adicional em executar despesa”, Centeno adiantou que o Governo vai libertar transitória e “temporariamente o SNS dessa restrição”, mas, indicou ainda, isso “é algo que tem de ser feito com imensa responsabilidade”.

Governo socialista dedicou mais recursos ao SNS
Por outro lado, o ministro das Finanças fez questão de deixar bem claro que a diminuição do défice não foi feita à custa da Saúde.
E recordou o investimento que a saúde tem recebido desde que o atual Executivo tomou posse, em contraponto com o que aconteceu no anterior, segundo alegou, recordando que entre 2011 e 2015 a saúde sofreu uma redução de 10% do orçamento (menos mil milhões de euros).
“Estamos melhor porque temos dedicado mais recursos ao SNS. Poderá não chegar. Não podemos é negar que são estes números que são consequência da política deste governo”, vincou, referindo mesmo que a saúde foi o setor que teve o maior aumento orçamental neste período.