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Este Governo é a troica

Este Governo é a troica

Confiança, inovação, rendimento, emprego e rigor são as ideias-chave da alternativa socialista à política de direita, garantiu António Costa num encontro com militantes e simpatizantes em Santa Maria da Feira.

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Este Governo é a troica

O Secretário-geral do PS acusou Passos Coelho de ter feito “tudo ao contrário do que prometeu na oposição” e de ser a própria troica, lembrando que, depois do fim do programa de assistência, o primeiro-ministro faz questão de continuar com a “política da troica”.

Lamentou o prolongamento da legislatura, mas que um dia se “perceberá porque é que foi esticada”, sugerindo que a resposta não andará muito longe de um cenário para o qual há muito o PS vem alertando os portugueses: trata-se de um prolongamento para permitir que o Governo “à última hora” possa fazer tudo aquilo que em “desespero está a procurar fazer”.

Quanto às alternativas do Partido Socialista em relação às políticas de direita, António Costa garantiu que as propostas do PS se alicerçam na confiança “porque não prometemos mais do que aquilo que estamos em condições de assegurar”, uma alternativa, sublinhou, que assenta na inovação “porque não aceitamos o empobrecimento como modelo de desenvolvimento”.

Mas uma alternativa que aponta também para o aumento dos rendimentos de quem trabalha, porque o PS não aceita mais austeridade como forma de desenvolvimento e entende que chegou a hora de “aliviar a carga sobre as famílias e aumentar o seu rendimento disponível”.

Uma alternativa que passa também por políticas sustentáveis de criação de emprego, porque “sabemos que essa tem de ser a prioridade contra o desemprego e contra a precariedade”, mas também uma alternativa em matéria de rigor, através de uma aposta na sustentabilidade da Segurança Social, garantindo aos portugueses que “é possível virar a página da austeridade sem romper com a Europa nem com a permanência de Portugal na zona euro”.

Tudo o que se passa com a TAP é mau

Já em São João da Madeira, falando aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Tecnológico do Calçado, António Costa voltou a questionar a razão de a legislatura ter sido prolongada, recordando que o Governo PSD/CDS tomou posse em 21 de junho de 2011, e que este “esticar” de prazo faz com que se mantenham em funções mais de quatro anos.

Talvez resida aqui, salientou o líder do PS, a justificação para a trapalhada que se passa, nomeadamente, com a tentativa de privatização da TAP, defendendo que “tudo o que se passa com a TAP desde o princípio é mau”, acusando Passos Coelho de apenas à última hora ter acordado “e mal” para o problema.

Garantiu que o próximo Governo do PS fará tudo o que esteja ao seu alcance e que “ainda seja possível fazer” para assegurar que a TAP não tenha a maioria do capital privatizado, lembrando a importância estratégica da transportadora aérea para a economia e para a soberania nacional.

O Secretário-geral do PS sustentou ainda que é um “enorme risco” se o Governo insistir na privatização de mais de 50% do capital da companhia, considerando tratar-se de uma “opção errada”.