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Estado vai pagar 50% do futuro hospital da Madeira

Estado vai pagar 50% do futuro hospital da Madeira

O Governo da República vai custear em 50% as despesas com a construção e equipamento do novo hospital da Madeira. A garantia foi ontem dada pelo primeiro-ministro, após uma reunião de trabalho no Funchal com o presidente do Governo regional.

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Estado vai pagar 50% do futuro hospital da Madeira

Orçado em cerca de 314 milhões de euros, o futuro hospital da Madeira vai ser pago em metade pelo Governo Central, garantiu ontem o primeiro-ministro, António Costa, depois de uma reunião de trabalho que manteve com o líder do Governo regional.

Segundo o primeiro-ministro, esta comparticipação “já tinha sido acordada”, reconhecendo ser fundamental, como referiu, “trabalhar em conjunto” para que este projeto possa ser classificado como de “interesse comum”, garantindo que o futuro hospital da Madeira “será inscrito no Orçamento do Estado a partir de 2019”, criando assim as condições, como sublinhou, para que “ainda este ano possa ser lançado o concurso público internacional”, algo que poderá acontecer já a seguir a este verão.

O primeiro-ministro aludiu ainda que nesta a dívida da Madeira à República, avaliada em cerca de 1500 milhões de euros, foi outro dos temas debatidos nesta reunião , salientando, a este propósito, que se tem vindo a registar “um avanço” no sentido de fazer repercutir na região a redução da taxa de juro de que a República tem beneficiado.

Outro dos assuntos abordados neste encontro de trabalho entre os dois governos foi o subsídio de mobilidade, tema que António Costa considera que, tal como está atualmente estruturado, “beneficia, sobretudo, as transportadoras”, sem, contudo, como salientou, “acrescentar benefícios aos residentes e com um elevadíssimo custo para o Estado”.

Aeroporto da Madeira

À noite, durante o jantar comemorativo do Dia do Empresário Madeirense, organizado pela Associação Comercial e Industrial do Funchal, o primeiro-ministro alertou a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), para que avance, “o mais rapidamente possível”, com os estudos técnicos necessários que permitam “maximizar a capacidade de utilização do aeroporto da Madeira”, sem obviamente, como salientou, “sacrificar esse bem maior que é a segurança aeronáutica”.

Para o primeiro-ministro, esta urgência para que a ANAC avance com os estudos técnicos, no sentido de melhorar as condições operacionais do Aeroporto Internacional da Madeira, tem a ver com a preocupação maior, como referiu, de se acabar de vez com cenários como os que sucederam no primeiro semestre deste ano, em que cerca de 78 mil passageiros ficaram retidos durante horas, e nalguns casos, dias, na aerogare do Funchal, ou em hotéis, devido aos ventos fortes na zona do aeroporto, situação que António Costa disse que gostaria de ver dissipada.

O primeiro-ministro referiu-se ainda, durante este jantar com os empresários madeirenses, ao trabalho desenvolvido pelos governos nacional e regional junto da União Europeia na defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira, realçando que, apesar das boas relações, nem sempre as negociações com Bruxelas, como aludiu, “são fáceis”.