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Estado reforça coleção pública de arte contemporânea integrando mais 196 obras do antigo BPN

Estado reforça coleção pública de arte contemporânea integrando mais 196 obras do antigo BPN

O Estado adquiriu a propriedade de 196 obras de arte contemporânea pertencentes ao antigo Banco Português de Negócios (BPN), no âmbito de uma regularização de dívida das sociedades Parvalorem e Parups, estando o espólio avaliado em perto de cinco milhões de euros.

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Estado reforça coleção pública de arte contemporânea integrando mais 196 obras do antigo BPN

A exemplo do que já tinha sucedido em 2017 quando alienou 85 obras do pintor catalão Joan Miró pertencentes ao antigo BPN e que hoje estão expostas no Porto, na Fundação de Serralves, o Estado adquiriu mais 196 obras, na quase totalidade de artistas portugueses, integrando pintura, escultura e fotografia, que faziam também parte integrante da coleção do BPN.

Segundo garantiu a ministra da Cultura, Graça Fonseca, acompanhada na cerimónia de apresentação das obras pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, todo este espólio agora na posse do Estado ficará em breve exposto na cidade de Coimbra, “onde será criado um polo de arte contemporânea”, enriquecendo assim a coleção do Estado e alargando de forma significativa, como também referiu, o “acesso democrático e participativo à criação artística”.

Segundo a ministra, foi graças ao trabalho conjunto destes dois ministérios que se tornou possível resolver um problema que se já arrastava há muito, permitindo que também esta coleção de 196 obras, sobretudo de artistas portugueses, passasse a integrar a coleção de arte contemporânea do Estado.

A aquisição deste espólio artístico, estimado em cerca de cinco milhões de euros, como assinalou Graça Fonseca, decorreu no quadro de uma regularização parcial de dívida das sociedades Parvalorem e Parups ao Estado, tendo a Direção-geral do Tesouro e Finanças, que tinha sido a entidade a quem a coleção foi dada como pagamento da dívida, acabado por cedê-la agora à Direção-geral do Património Cultural, que a vai integrar na coleção do Estado.

A este propósito, Graça Fonseca fez questão de lembrar o empenho do Governo, quer na anterior legislatura, quer na que agora se iniciou, em “alargar o acesso do público à criação artística contemporânea”, designadamente através do reforço da política de aquisições de obras de arte por parte do Estado, algo que já não acontecia, como fez questão de recordar “há mais de 20 anos”.

A ministra da Cultura aludiu ainda ao facto de o Estado ter já antes adquirido obras de 21 artistas portugueses, no valor de 300 mil euros, sendo que, para 2020, como anunciou, o Governo vai aumentar a verba para aquisição de mais arte contemporânea, que “passará a ser de meio milhões de euros”.