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Estado deve assumir metas mais exigentes nas quotas de género

Estado deve assumir metas mais exigentes nas quotas de género

O Estado deve ter metas mais exigentes no que respeita às quotas para mulheres nos lugares de topo da Administração Pública, por forma a dar o exemplo às empresas cotadas em Bolsa.

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Em dia de reunião da Concertação Social, o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, anunciou que vai confrontar os parceiros sociais com as propostas para aplicação de quotas de mulheres nas administrações de empresas cotadas em Bolsa e na administração pública, defendendo que o Estado deve dar o exemplo com propostas mais ambiciosas.

E isto porque, lembrou, o apelo à autorregulação das empresas foi “insuficiente”, sublinhando que “a inexistência da presença de qualquer mulher no conselho de administração de empresas do PSI-20 manteve-se”.

Falando à entrada da reunião do Governo com os parceiros sociais sobre paridade e igualdade, Eduardo Cabrita defendeu que o Estado precisa de dar o exemplo, com metas mais exigentes do que nos privados.

“Não iremos apenas regular e estabelecer metas exigentes para as empresas, vamos dizer que o Estado deve fazer mais. Só isso lhe dá autoridade para levar esse esforço ao setor privado”.

Acrescentando que “se o Estado não o fizer nas direções-gerais e nos institutos públicos, dificilmente teria legitimidade moral para o exigir ao setor privado”.

E é por isso, adiantou, “que alargaremos este debate e apresentaremos um programa que envolve o setor público administrativo, o setor empresarial do Estado e o setor privado”.

Combater as disparidades salariais

O Governo do PS quer ver ainda discutida uma proposta para a criação de um mecanismo, que vai envolver patrões e sindicatos, para acompanhar a evolução das disparidades salariais. “As discriminações entre homens e mulheres acentuaram-se nos últimos anos. Pela avaliação que fizemos, a crise aumentou as disparidades”, disse o ministro.

Eduardo Cabrita afirmou ainda que patrões e sindicatos vão discutir também uma “agenda de combate à segregação ocupacional, visando estabelecer programas específicos de combate à segregação com base em estereótipos que associam determinadas profissões a mulheres ou a homens”.