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Estado assegura acervo da Cornucópia

Estado assegura acervo da Cornucópia

Depois de 43 anos no ativo, a Cornucópia vai fechar e o Estado ajudará a companhia com as despesas e reposicionamento do seu importante acervo. A garantia foi dada pelo ministro da Cultura, em declarações proferidas à margem do Fórum do Património 2017, realizado em Lisboa.

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Na Sociedade de Geografia, perante representantes de meia centena de organizações não-governamentais, Luís Filipe Castro Mendes assegurou que a Cornucópia vai doar o seu acervo ao Museu Nacional do Teatro e que “o Estado pagará, como contrapartida, todas as despesas do encerramento da companhia”.

O “valiosíssimo” acervo da Cornucópia, composto, nomeadamente, por livros, cenários figurinos e arquivo, irá ainda este ano para o Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa.

Segundo o titular da pasta da Cultura, “não se trata de uma compra, mas de uma doação da Cornucópia, em troca de contrapartidas do Estado”, que incluem o pagamento das indemnizações dos funcionários da Cornucópia e “todas as despesas do encerramento”.

“Nós todos estávamos comovidos com a hipótese de o teatro acabar, embora estivéssemos já a trabalhar com eles no sentido de criar condições para uma preservação do acervo e na questão do edifício”, lembrou Castro Mendes, para de seguida explicar que o edifício é alugado e que as conversações com os proprietários estão a correr “muito bem”.

Descentralizar competências

No capítulo do património, o ministro da Cultura fez também questão de frisar que espera mais envolvimento dos cidadãos, autarquias e empresas, “sem que o Estado abdique das suas obrigações de controlo e fiscalização”.

“O Governo está a empreender uma discussão alargada para a descentralização de competências, de forma a eliminar os riscos de descoordenação, e encontrar novos mecanismos de gestão das estruturas que revelem maior proximidade dos cidadãos”, disse o governante.

Luís Filipe Castro Mendes falou numa “mudança de paradigma” nesta área, em que a sociedade civil e as autarquias “devem ter um papel mais ativo”.

A concluir, defendeu o ministro: “todos os cidadãos têm responsabilidades na defesa e preservação do património”.