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Estabilidade e vontade expressa dos portugueses garantem “melhores condições de governabilidade” nesta legislatura

Estabilidade e vontade expressa dos portugueses garantem “melhores condições de governabilidade” nesta legislatura

Portugal tem mostrado uma postura de “grande maturidade política” apesar dos “momentos críticos” porque tem passado ao longo das últimas décadas, defendeu António Costa, à margem de um encontro com o seu homólogo sueco, Stefan Lofven, que decorreu na residência oficial do chefe do Governo, em São Bento.

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Estabilidade e vontade expressa dos portugueses garantem “melhores condições de governabilidade” nesta legislatura

Apesar de Portugal ter passado nas últimas décadas por diversos períodos de alguma instabilidade, não só do ponto de vista social, mas também por momentos económicos e financeiros muito difíceis e “muito críticos”, há contudo, segundo António Costa, a clara convicção de que os portugueses sempre souberam, mesmo nesses períodos mais conturbados, manter uma assinalável “maturidade política”, facto que permitiu ao país ter alcançado simultaneamente um “elevado nível de estabilidade política” e a “capacidade de gerar alternativas”.

Pressupostos de particular atualidade também nos dias atuais e que, segundo o primeiro-ministro, justificam plenamente que não se confunda o “natural ajustamento tático” de alguns partidos, em início de legislatura, com a “duração da mesma”, nem tão pouco se deva estabelecer qualquer confusão com a vontade claramente expressa pelos portugueses de que esta legislatura “prossiga até ao seu termo”, permitindo que o Governo execute o programa que sufragou junto dos eleitores.

Para António Costa, este é o cenário mais credível numa democracia consolidada, referindo mesmo que é o que “acontece em todos os países democráticos”, cabendo aos eleitores no fim dos quatro anos da legislatura avaliarem se “pretendem prosseguir com a linha governativa ou se, entretanto, entendem que há uma alternativa melhor”.

Compatibilizar estabilidade e existência de alternativa

O primeiro-ministro voltou ainda a defender que, nesta legislatura, estão criadas “melhores condições de governabilidade” relativamente à anterior, assinalando que as últimas eleições realizadas no final do ano passado, são disso a prova, porque trouxeram a adicional certeza de que os portugueses estavam “inequivocamente satisfeitos com a experiência política da chamada geringonça”, tendo demonstrado na altura a clara vontade que essa experiência prosseguisse “agora com o PS mais reforçado”.

Quanto à circunstância de Portugal estar a resistir à deriva populista e de fenómenos políticos claramente contracorrente ao regime democrático, ao contrário do que se verifica em alguns países europeus, o primeiro-ministro encontra justificação para que esta realidade não tenha encontrado eco nem campo fértil em Portugal, porque o país, como referiu, tem sido capaz de “compatibilizar a estabilidade com a possibilidade de ter alternativas” sempre quando o país deseja mudanças de orientação.

Outra das realidades que, na opinião de António Costa, têm favorecido a estabilidade política em Portugal e evitado fenómenos disfuncionais e disruptivos do regime democrático tem a ver com o facto de ter um Parlamento “relativamente pouco fragmentado” em comparação com a realidade da generalidade dos restantes parlamentos europeus e onde tem sido possível assegurar nos últimos anos “períodos de estabilidade de legislatura que têm sido muito importantes para o país”.