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Emprego é a questão central da economia e do país

Emprego é a questão central da economia e do país

António Costa quer que o país mude o rumo das atuais políticas de emprego de forma de travar a “sangria da emigração”. Aposta na promoção e na qualidade do emprego em alternativa a continuar a subsidiar estágios, precaridade e falsos recibos verdes.

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Emprego é a questão central da economia e do país

Num encontro com militantes e simpatizantes em Quarteira, no Algarve, o Secretário-geral do PS garantiu que como primeiro-ministro fará diferente também nas políticas de emprego, criando os mecanismos para que os portugueses possam usufruir de “mais e melhor emprego”.

O líder do PS fez um balanço negativo do estado em que se encontra Portugal, defendendo que os portugueses “têm o direito de exigir mais a este Governo”, para que os números do desemprego ou da pobreza se possam alterar, objetivos que António Costa considera contudo que só serão alcançados com políticas diferentes das executadas pelo PSD/CDS.

Socorrendo-se dos dados do INE, o líder do PS recordou que, em maio passado, o número de pessoas que receberam subsídio de desempego desceu para níveis de 2009, e que mais de 10.500 pessoas deixaram de receber esse subsídio. Referiu ainda que também a duração do subsídio de desemprego sofreu uma assinalável diminuição assim como houve um aperto nos critérios de acesso aos apoios sociais ligados à falta de trabalho.

Perante números como estes, disse ainda o líder do PS, se “continuarmos a fazer mais do mesmo, arriscamo-nos a continuar a ter mais do mesmo”, garantindo que, como primeiro-ministro, a grande batalha do Governo será pelo emprego, em particular para os jovens qualificados, porque isso é “essencial para travar a atual sangria da emigração de jovens, mas também em nome da modernização das empresas”.

Infelizmente, alertou ainda o Secretário-geral do PS, “se há algo que já todos percebemos é que o atual Governo nem quer fazer diferente, nem é capaz de fazer melhor”, justificando esta sua certeza, porque ao fim de quatro anos a “única medida que têm a prometer aos portugueses é que vão manter, até ao fim da próxima legislatura, caso vencessem as próximas legislativas, o corte nos salários da Função Pública, a sobretaxa do IRS e o corte nas pensões”.

A haver aqui uma novidade, ironizou António Costa, é terem anunciado em Bruxelas e negado em Portugal que vão aplicar um novo corte nas pensões, no valor de 600 milhões de euros, como se “já não fossem suficientes os cortes que fizerem e que têm de ser repostos porque as pessoas têm esse direito”.

Para António Costa o emprego “é a questão central” da economia, sendo essa para o Secretário-geral a principal batalha de uma governação socialista, apontando questões como o IVA da restauração ou a crise do sector da construção civil, como outras das preocupações de um Governo PS.